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Quarta-feira, 9 Março 2005 00:59

PORTUGAL
Hospital multado por falta de consultas de infecciologia



PortugalGay.pt

As autoridades de saúde de Lisboa vão penalizar o Hospital Amadora-Sintra, em 15 mil euros, por falha nas consultas no serviço de infecciologia (responsável, entre outras situações das consultas sobre VIH/SIDA) no início de Fevereiro, avançou hoje à Lusa a presidente do organismo.


Ana Borja Santos, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), explicou à Agência Lusa que a unidade já foi notificada da decisão e aguarda-se agora que apresente os seus argumentos, estando o prazo para esse contraditório prestes a terminar. A Agência Lusa contactou a direcção do hospital, mas não foi ainda possível obter um comentário. A multa de 15 mil euros é a segunda que a ARS-LVT aplica ao único hospital do Serviço Nacional de Saúde gerido por um grupo privado, a José de Mello Saúde, tendo a primeira, no valor de 40 mil euros, sido decidida a 20 de Janeiro devido ao encerramento da urgência de obstetrícia e ginecologia da unidade durante mais de dois dias em Dezembro passado. O hospital recorreu da decisão das autoridades de saúde para o tribunal administrativo, o que suspendeu a sanção, e a ARS-LVT prepara- se agora para contestar esta acção. Ana Borja Santos pormenorizou que a nova multa surge pela não realização de consultas marcadas no início de Fevereiro no serviço de infecciologia do Hospital, que se confrontou com falta de médicos especialistas até ao dia 11 desse mês. Na altura, o assessor do Hospital Amadora-Sintra, Paulo Barbosa, explicou à Lusa que o Serviço de Infecciologia tinha cinco médicos, dos quais dois concorreram ao Hospital de Santa Maria e um estava de baixa prolongada. Para evitar problemas nas consultas externas e com os novos doentes, os dois médicos infecciologistas estenderam o seu horário de trabalho de 35 horas semanais para 45, disse ainda o assessor do hospital. Segundo Ana Borja Santos, a multa foi proposta pelo relator das autoridades de saúde que acompanha a execução do segundo contrato de gestão do hospital entre o Estado e a José de Mello Saúde, negociado em 2004, e mereceu a concordância da ARS-LVT. "O hospital cumpriu o prazo [de uma semana, fixado pela ARS- LVT] para repor os efectivos [no serviço de infecciologia], mas falhou, durante esses dias, no cumprimento da prestação de serviços de saúde à população", explicou Ana Borja Santos.

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