"Há onze anos atrás, um grupo de amigos que enfrentavam outras crises... decidimos iniciar uma publicação periódica e criativa com o fim social de motivar a opinião pública, com uma linha editorial e o compromisso pela visibilidade LGBT".
Assim começa o editorial da Revista ZERO Nº 120, editada em Dezembro e que se apresenta como o último desta série onde muito foi feito nestes 11 anos e em que a Espanha LGBT evoluiu de forma inesperada.
Também são apresentadas as razões para a crise na revista. O primeiro problema foi a crise na publicidade que representa 90% das receitas da revista. Esta crise não se reflectiu nas vendas que continuavam estáveis nos 50'000 exemplares vendidos com cerca de 80'000 leitores, mas sem publicidade o modelo estava condenado.
Para piorar a situação a General de Medios, empresa publicitária que geria a carteira da revista, foi fechada pelo Grupo Prisa devido... à crise, ficando a Zero sem agência de um momento para o outro.
Por outro lado o problema de financiamento no ambiente financeiro conhecido.
Entretanto apareceram várias propostas de compra do título por investidores em que a ideia passava tipicamente por reduzir a facturação a um terço do actual e acabar com o princípio social que definia a revista passando a ser algo focado na questão financeira.
Mas a mensagem de despedida tem também uma mensagem de esperança, terminando com: "Voltaremos a mudar e a criar algo de novo, mas desta vez não será a partir do zero."