O antigo deputado do partido Forza Italia do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, compareceu ao tribunal esta semana, após fazer declarações homofóbicas numa entrevista de rádio.
O político disse na Radio24 que os gays são "contra a natureza", e que ele "nunca contrataria" um homossexual para o seu escritório de advocacia.
Segundo o jornal La Stampa, a juíza Monica Bertoncini considerou "caráter discriminatório de não querem contratar pessoas gays para o seu escritório de advocacia" condenando-o a pagar 10'000 EUR ao grupo de direitos LGBT Arcigay, que abriu o caso contra ele. Taormina também terá que emitir um pedido público de desculpas.
O líder da Arcigay, Flavio Romani, saudou o que afirma ser "a primeira condenação na Itália para a discriminação contra gays e lésbicas no ambiente de trabalho". Romani disse: "Taormina aprendeu uma coisa que ele não sabia: os bulies continuam com as suas piadas homofóbicas e preconceitos, e são quase uma fonte de orgulho [para eles] ... mas o Tribunal de Bergamo disse-lhes claramente hoje que eles estão fora das regras de uma sociedade civilizada."
E as coisas vão mudando lentamente em Itália: o próprio Silvio Berlusconi, a cumprir pena por fraude fiscal, afirmou recentemente que é "responsabilidade de todos" lutar pelos direitos dos homossexuais, quando no passado fez várias piadas homofóbicas e negou-se a permitir a adopção de crianças por casais de gays e lésbicas.