São mais de 65000 homens e mulheres homossexuais nas forças armadas dos EUA. No entanto desde 1993, com a política de Don't Ask Don't Tell, aqueles que revelarem publicamente a sua orientação sexual podem ser expulsos das forças armadas.
Os que defendem esta política alegam que estão a defender a moral das tropas, mas outros dizem que é discriminação pura e simples.
E no passado dia 5 teve lugar em Chicago a única cerimónia civil de reconhecimento público dos militares gays, lésbicas, bissexuais, transgéneros e transexuais no país.
Entre os presentes um veterano da guerra do iraque com um registo militar fabuloso que relatou como o medo de chantagem fez com que abandonasse as forças armadas.
Numa perspectiva mais histórica um veterano da 2ª Grande Guerra também esteve presente, 66 anos após ter defendido o seu país. Quando foi recrutado, perguntaram-lhe se era homossexual, ao que ele respondeu que não. Ele não queria que ninguém soubesse e, afinal, era a sua vida privada. Mas teve de manter segredo durante todos os anos que serviu.
Mas cada vez mais há pessoas contra a expulsão de LGBTs.
De acordo com dados oficiais, desde 1994 foram expulsos mais de 13000 militares LGBT, com um custo estimado de 363 milhões de dólares (mais de 250 milhões de euros).
Numa sondagem recente da Gallup, 69% dos norte-americanos estão a favor de que os LGBT possam servir abertamente nas forças armadas, e mesmo entre os que se identificam como conservadores, 58% são da mesma opinião.
A questão tem sido mas debatida agora, com a eleição do novo Presidete Barak Obama. Segundo um parecer jurídico recente o presidente tem o poder executivo necessário para tomar a decisão por si só. Em média 2 militares são expulsos diariamente das forças nos EUA por alguém ter descoberto que são LGBT.
Veja a reportagem da ABC 7 Chicago abaixo (após os comerciais).