No funeral de Kato, o padre Anglicano que realizava o serviço, Thomas Musoke, começou atacando os gays, dizendo que "admirar um companheiro homem" era "ímpio", que até os animais podem distinguir o macho da fêmea, e que "... os gays deveriam se arrepender. "
Diversos amigos gays de Kato correram para o púlpito e ficaram com o microfone.
Então, as pessoas no funeral que, aparentemente, concordavam com o celebrante entraram em confrontos físicos com os gays. Depois disso, os moradores que teriam levado o caixão para o cemitério se recusaram a fazê-lo, e tiveram de ser os amigos Kato a levá-lo.
Em 2 de fevereiro, a polícia disse à mídia local que um "ladrão" que Kato tinha afiançado para tirar da prisão, Nsubuga Enock, confessou ter morto Kato porque Kato não conseguiu dar-lhe uma casa, carro e dinheiro e que supostamente Kato queria forçá-lo a sodomia.
Inúmeros ativistas LGBT de Uganda e EUA afirmam não acreditar que o assassinato foi devido a uma disputa sobre presentes e temem que o governo homofóbico intente encobrir o verdadeiro motivo do crime para se proteger de críticas e salvaguardar a ajuda externa.
Kato foi o porta-voz para a organização Minorias Sexuais do Uganda (SMUG) e tinha sido uma das principais vozes na luta contra a lei anti-homossexualidade, que está em discussão no Parlamento de Uganda, desde outubro de 2009.
A legislação que indica a prisão perpétua para qualquer um condenado por "crime de homossexualidade" e punir "a homossexualidade agravada" (reincidência, ou fazer sexo gay ao ser HIV+) com a pena de morte, também pretende proibir a "promoção da homossexualidade" e encarcerar os defensores de direitos LGBT, e também deter todos os indivíduos em posições de autoridade (professores, patrões, etc) por até três anos se não se relatarem dentro de 24 horas a existência de todas as pessoas LGBT ou simpatizantes conhecido por eles.
Alguns ativistas dos EUA e de Uganda e jornalistas têm apontado o dedo aos visitantes evangélicos dos EUA ao Uganda de inspirarem o projecto lei, que, segundo eles, levou ao artigo de jornal, suspeitam, levou ao assassinato.
"Uma conferência em março 2009 em Kampala ... tinha como destaque notórios ativistas anti-gay norte-americanos, que promoveram a ideia de uma sinistra conspiração global homossexual para corromper o Uganda", disse Political Research Associates, uma organização sem fins lucrativos que estuda a política de direita nos EUA. "Palestrantes da conferência defenderam a ação parlamentar para impedir esta 'agenda internacional' gay e reuniram-se com os legisladores e funcionários do governo de Uganda, alguns dos quais que redigiram o infame projecto lei anti-homossexualidade no Parlamento."
Kalenda Val, presidente do conselho da Freedom and Roam Uganda, disse que os visitantes "vieram semear ódio no Uganda e deve assumir a responsabilidade pelo sangue de David."
Scott Long, que liderou a secção de direitos LGBT da Human Rights Watch há vários anos disse: "Os líderes cristãos estrangeiros que têm apoiado a disseminação da homofobia assassina no Uganda ... devem olhar para a sua consciência e pedir perdão."
SMUG disse que Kato "tinha recebido ameaças de morte desde que a sua cara foi colocada na capa do jornal Rolling Stone, que pedia a sua morte e a morte de todos os homossexuais." (A publicação não está relacionada com a conhecida revista de música nos EUA.)
No artigo do jornal podia ler-se a determinada altura: "O poderoso Rolling Stone tem o prazer de revelar alguns dos segredos mais horríveis na comunidade gay, que está dedicada no recrutamento de pelo menos um milhão de membros até 2012. Para nosso desespero, os gays são muitas vezes crianças pequenas, que são de fácil lavagem cerebral para a orientação bissexual. ... As imagens de homossexuais e lésbicas de topo do Uganda têm renovado o apelo para o reforço da guerra contra o tumuldo que ameaça o futuro da nossa geração enforcando os gays. 'A menos que o governo tome uma medida ousada de enforcar dezenas de homossexuais, o vício vai continuar a correr a fibra moral e a cultura de nossa grande nação' disse um líder radical da igreja, que preferiu o anonimato."
Em 03 de fevereiro em Nova York, mais de 100 pessoas caminharam da Praça Dag Hammarskjöld perto das Nações Unidas até à Uganda House exigindo uma investigação do assassinato de Kato e que o projecto anti-homossexualidade seja retirado do Parlamento. Uma ação de tamanho similar teve lugar em San Francisco na Harvey Milk Plaza.