Estas são algumas das conclusões de um estudo, em que foram ouvidos quatro mil jovens espanhóis entre os 15 e os 24 anos sobre temas como a religião, o lazer, a sexualidade e a imigração. Aos inquiridos foi também pedido que avaliassem o papel da política e da televisão nas suas vidas.
No estudo de 400 páginas, o autor, Juan González-Anleo, da Universidade Autónoma de Madrid, salienta que o distanciamento dos jovens espanhóis da Igreja acelerou-se de forma surpreendente, já que há dez anos, 77% declaravam-se católicos e hoje não chega a 50%. Cerca de 79% dos jovens considera que a Igreja é demasiado rica e 82% que é demasiado antiquada na questão sexual.
Apesar disso, 43% dos inquiridos admite querer casar pela Igreja, com 22% a optar pelo casamento civil e 16% pelas unidades de facto.
A geração mais nova é também mais tolerante, com a maioria a dizer sim a que casais homossexuais adoptem crianças e a declarar-se a favor do aborto.
Os jovens manifestam-se igualmente a favor da imigração, com 67,7% a afirmar que se deve permitir a entrada de estrangeiros com contratos de trabalho e 15,7 por cento que se deve permitir a entrada de todos.
Os jovens espanhóis declaram maioritariamente mais de esquerda, mais consumistas e mais presos à televisão do que os seus pais, As atitudes mais criticadas são o terrorismo, a violência de género e o vandalismo.
Questionados sobre que tipos de vizinhos não quereriam ter, os jovens indicaram membros da ETA, depois neonazis e muçulmanos radicais.