O documento intitulado Considerações Sobre Os Projetos de Reconhecimento Legal das Uniões Entre Homossexuais foi simbolicamente queimado pelo presidente do Grupo Inpar 28 de Junho, Beto Kaiser. O manifesto contou com a participação de várias ONGs de Direitos Humanos e que trabalham com HIV/AIDS e o Grupo Dignidade. A faixa onde se lia "O Senhor É Meu Pastor e Ele Sabe Que Sou Gay foi estendida juntamente com a bandeira do Arco Iris. O acto de repúdio contou com o discurso de Beto Kaiser que acusou o Vaticano de tentar escamotear os escândalos sobre mais de 1000 casos de pedofilia praticadas em diversas partes do mundo. "George Bush apóia João Paulo II contra os homossexuais. É fácil jogar gasolina numa pequena fogueira para que ninguém mais olhe para o grande fogaréu atrás de você.Bush com problemas sobre Bagdá e João Paulo II com Pedofilia," disse. Antes mesmo de terminar a manifestação, as portas da Igreja N. Senhora da Luz foram fechadas. Os homossexuais deram as mãos e rezaram o Pai Nosso e depois de encerrada a manifestação, as portas da Catedral abriram-se novamente. Em Salvador, onde também ocorreu o protesto, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo disse que o documento do Vaticano contrário ao casamento entre homossexuais não teve a "mínima intenção e vontade de ofender" os gays. "Nem de dizer que são pessoas indignas, que não merecem o nosso respeito à sua dignidade". Revelou que a CNBB discutirá no Brasil as orientações de Roma em relação ao casamento gay, esclarecendo aos padres que não se trata de uma "guerra".
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