Mais ou menos descapotáveis, uns após outros encontraram um “welcome desk” de voluntários e voluntárias com sorrisos e num ritmo de profissionalismo descontraído, mas nem tudo está ao melhor nível… ao receber-mos o “press kit” verificamos que falta de uma agenda detalhada dos desportos, com locais e horários, a isso junta-se uma informação débil sobre o número de pessoas envolvidas na organização e suporte de voluntários, coisas de interesse jornalístico e que outros jornalistas também sentiram falta.
Pelas 17 horas atletas LGBT (e não só) e outras entidades, iam-se juntando nos arredores do Estádio Jean Bouin (vizinho da casa bem mais conhecida do Paris Saint Germain), boa disposição, sorrisos, abraços e beijos, e depois os trajes mais ou menos exuberantes, faziam as delícias dos olhares e das objetivas dos telemóveis e máquinas fotográficas, incluindo as nossas como se pode verificar pela foto-reportagem em anexo.
Mas o nosso foco era mesmo nos atletas portugueses reunidos em torno da associação desportiva inclusiva “Boys Just Wanna Have Fun”. Tudo bem, tiramos as fotos da praxe a quem já tinha chegado e como a hora já ia adiantada dirigimo-nos para a área press no interior do estádio… a curta viagem foi bem mais atribulada do que seria de esperar com algumas confusões e informações desencontradas por parte da organização que deveria estar mais bem organizada neste ponto.
O desfile de cada uma das comitivas inicia-se e coraçãozinho de tuga estava a ficar meio apertado com a emoção, no Facebook do PortugalGay.pt saiam os primeiros diretos, mas era a entrada em cena da comitiva portuguesa aquele momento mais desejado, surge Paraguai e prepara-se as lentes, ficamos de pé, anuncia-se o tão desejado nome de Portugal e… no espaço apenas a placa! Nada de comitiva a seguí-la, e o direto do PortugalGay.pt no Facebook fica assim algo que… “o que se passa afinal?!?”.
Pouco depois surge a comitiva da Holanda fora do guião, e aí fica a esperança de que Portugal venha também fora da ordem anunciada, e vieram mesmo! Bravo meus bravos e bravas, tugas sim, desistentes nunca… o coração destes jornalistas já não tem idade para isto, gritar não gritamos, mas houve ali um momento mais emotivo, confesso.
E por falar em emoções, o destaque para os vários países com representantes, mas nos quais ser LGBT (ou apenas participar nos Gay Games) é crime sujeito a pena de prisão ou cadeia, estamos a falar de países como a Arábia Saudita, Uganda e Rússia, por exemplo. Todos sempre com um apoio generalizado do estádio.
Segue-se um show de abertura que, teve actuações espectaculares, mas a nosso ver falhou por não ter um ritmo adequado e teve alguns momentos particularmente lentes e pobres visualmente falando. Isso refletiu-se nas bancadas que a pouco e pouco foram perdendo assistência, para depois se seguir um discurso que embora tivesse um conteúdo sério, estava vazio de emoção e carga política como um evento destes requer.
Um desfile tão carregado de emoções com os mais de 10’000 participantes merecia melhor.
Mas amanhã há (muitas) mais atividades em Paris, e cá estaremos para contar novidades.
Foto-Reportagem
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