Um estudo com mais de 100'000 entrevistados LGBT no Reino Unido concluiu que 2% foram sujeitos a alguma forma de "terapia de conversão" e que a mesma foi apresentada como opção a 5%. E mesmo no século XXI mais de 2 em cada 3 responderam que evitam andar de mão dadas em público com um parceiro do mesmo sexo com medo de uma reação negativa.
A Primeira Ministra, Theresa May, revelou estar chocada com a situação, quando apresentou um programa de 4.5 milhões de libras (cerca de 5 milhões de euros).
Ninguém jamais deve esconder quem é ou quem ama. Este plano de ação LGBT estabelecerá medidas concretas para proporcionar uma mudança real e duradoura em toda a sociedade, desde a saúde e educação até ao combate à discriminação e enfrentar as graves injustiças que são sujeitas as pessoas LGBT. Theresa May, Primeira Ministra Reino Unido
O programa inclui medidas legislativas e não só para "proibir a promoção, oferta ou realização de terapia de conversão". Embora o consenso científico sobre a questão seja claro em classificar tais "terapias" como ineficazes e até perigosas, a verdade é que ainda há muitas pessoas que defendem tais práticas.
E apesar das melhorias impressionantes das últimas décadas, as coisas não são assim tão cor-de-rosa para os LGBT em geral. De acordo com o estudo do governo, 40% das pessoas que responderam tinham sofrido incidentes de ódio, com nove em cada dez não sendo reportados às autoridades. O estudo também revelou discriminação no local de trabalho, com 23% dos entrevistados relatando que receberam reacções negativas de colegas, e 70% a manterem a sua orientação sexual escondida por temerem as respostas de outros. Da mesma forma 67% dos entrevistados trans disseram que evitaram revelar abertamente a sua identidade de género.