O referendo foi pedido depois de conseguirem reunir 700'000 assinaturas num esforço maioritariamente coordenado pela Igreja Católica para manter a definição de casamento.
E o país de maioria católica votou este domingo pela limitação do ato a pessoas de sexo diferente, com cerca de 66% dos votantes num referendo com uns notáveis 73% de abstenção neste país com pouco mais de 4 milhões de habitantes. Na prática houve menos votantes a favor no referendo do que assinaturas recolhidas a favor do mesmo.
Muitas foram as manifestações de um e do outro lado mas o peso religioso e económico da igreja foi esmagador convencendo o seu “rebanho” a votar pela permanência da lei como se encontra atualmente e que apenas permite o casamento entre um homem e uma mulher.
A Croácia teve uma história de altos e baixos em termos de direitos LGBT. Em 1977, quando ainda era parte da República Federal Socialista da Jugoslávia, a República da Croácia teve o seu próprio código penal que legalizava o sexo entre pessoas do mesmo sexo e em 1998 passou a ter igualdade na idade de consentimento. Em 2000 foram reconhecidas as Uniões de Facto para casais do mesmo sexo e o governo eleito em 2011 mostrou abertura para as questões LGBT incluindo adopção por casais do mesmo sexo e a igualdade no casamento.
O referendo apenas se aplica à utilização da palavra "Casamento" no texto legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Antes da votação os governantes mostraram abertura para conceder os direitos e deveres do casamento aos casais de gays e lésbicas, mesmo que tenham de utilizar termos diferentes na legislação.