Académicos na Majlis al-lfta' al-A'ala, que é o mais alto conselho religioso da Arábia Saudita, declararam que a flexibilização das regras conduziria inevitavelmente"ao fim das virgens".
A Arábia Saudita é o único país no mundo onde as mulheres são proibidas de conduzir.
Os académicos, trabalhando em conjunto com Subhi Kamal, ex-professor na conservadora King Fahd University, apresenta as conclusões num relatório para a assembleia legislativa do país, o Conselho Shura.
Ele advertiu que permitir que as mulheres possam conduzir iria "provocar uma onda de prostituição, homossexualidade, pornografia e divórcios".
Segundo ele após 10 anos de fim da proibição não haverá "mais nenhuma virgem" no reino islâmico.
Salientou que o "declínio moral" já podia ser visto nos outros países muçulmanos em que as mulheres podem conduzir. E dá um exemplo do seu dia-a-dia, descrevendo estar sentado num café num estado árabe não identificado onde "todas as mulheres olhavam para mim".
"Um até fez um gesto que deixou bem claro que estava disponível", disse ele. "Isto é o que acontece quando deixam as mulheres conduzir."
Neste momento as mulheres que forem apanhadas a conduzir podem sofre punições corporais. Este ano uma mulher foi condenada a 10 chibatadas, mas após a forte contestação social a pena foi revogada pelo rei Adbullah. No entanto o rei tem sido uma das vozes mais ativas para evitar que leis discriminatórias relativamente às mulheres sejam revogadas no país.