Raina Aliev, veio do Daguestão, situado junto ao mar Cáspio, até à Rússia para realizar a cirurgia de alteração de sexo, tornando este em consonância com a sua identidade. Raina é de origem muçulmana e após a operação casou com um jovem também ele muçulmano, e até aqui teríamos uma linda história para contar: mas o pai de Raina não quis assim.
Alimshaikh Aliev, que desconhecia os planos da filha, não aceitou a situação e diz a vizinhança que se sentiu “traído”. O pai de Raina foi entrevistado pela REN TV, um canal televisivo com sede em Moscovo, e durante a entrevista disse "Podem matá-lo, eu não quero vê-lo", referindo-se assim a Raina que ele identifica como Adam Aliev.
Dias após estas declarações Raina foi encontrada morta, esquartejada, a ponto de ser difícil a sua identificação. Embora ainda se desconheça as reais motivações do assassinato de Raina a Rússia tem um histórico de ataques, alguns dos quais fatais, sobre as pessoas LGBT, sendo que muito raramente os agressores são identificados ou presos. Neste linha recordemos a lei "anti-propaganda" gay que além de vítimas locais já levou a processos com as conhecidas cantoras pop Madonna e Lady Gaga.