Foram feitas dezenas de queixas sobre dois padres numa escola de topo em Berlim nos anos 70 e 80. O Canisius Kolleg é considerado por muitos um berço da elite política e económica no país. As alegações de abuso foram ignoradas na altura e a situação não foi devidamente investigada.
Um dos padres acusados admitiu os abusos em 1991 numa investigação interna dos Jesuitas, mas nenhuma acção pública foi tomada na altura. Acredita-se que ambos os padres poderão ter continuado os abusos noutros quatro colégios na Alemanha e também em Espanha, México e Chile.
O actual reitor da escola, Klaus Mertes, parece estar decidido a resolver a situação e pediu para que quem tiver acusações que se apresente que "hoje será ouvido, que vamos acreditar em vocês".
Mertes também referiu que os abusos foram "sistematicos" e que existem indícios de mais de 50 situações de abusos em colégios Católicos na Alemanha.
A maior parte das vítimas são rapazes entre 13 e 14 anos, mas também há raparigas entre os alvos de abuso.
Neste momento não é possível uma acção legal contra os abusadores pois os crimes em causa já prescreveram segundo a lei alemã.