A Lei Anti-Homossexualidade propõe pena perpétua para actos homossexuais e introduz o crime grave de "homossexualidade agravada". A proposta defende a pena de morte para os que tenham sexo homossexual com menores ou deficientes, ou se for VIH+. A proposta de lei também pune aqueles que não denunciem situações de homossexualidade.
Os argumentos a favor da medida incluem retórica pseudo-religiosa como "Deus fez o homem e a mulher por alguma razão". Não alheios a estes argumentos estão os Evangelistas dos EUA que participaram em conferências no país a defender a criminalização da homossexualidade.
A conferência foi realizada em Março em Kampala para "expor a verdade atrás da homossexualidade e da agenda homossexual". Os principais conferencistas foram três Evangelistas Norte-Americanos Scott Lively, Don Schmierer e Caleb Lee Brundidge. Lively é um conhecido activista anti-gay e presidente da Defend the Family International, uma associação Cristã. Schmierer é um autor que trabalha com "grupos de recuperação homossexual" e Brundidge é um "orientador de reorientação sexual" na International Healing Foundation.
O seminário foi organizado por Stephen Langa, um pastor do Uganda que dinamiza a Family Life Network em Kampala e que tem difundido a ideia que os gays estão à procura de crianças das escolas para "conversão". Numa entrevista disse que "eles [os gays] dão dinheiro a crianças para recrutarem os seus colegas de escola - assim que conseguirem duas crianças, toda a escola está perdida". Quando questionado se houve alguma situação como a descrita em tribunal ou de alguma forma documentada formalmente ele respondeu que "não, e é por isso que esta lei é necessária" referindo-se a medidas que limitassem a promoção da homossexualidade.
Aparentemente a medida foi fortemente amplificada no parlamento do país e ultrapassou os objectivos iniciais de limitar a promoção da homossexualidade e está agora a um passo de impor um estado de sítio com base na orientação sexual.