Este é um dos primeiros casos a ir a tribunal, depois do Supremo Tribunal ter voltado a por em vigor a lei 1861. A decisão reverteu um período de liberalização da sociedade indiana.
Segundo ativistas dos direitos humanos, este caso poderá criar um precedente perigoso. “O que deveria ser apenas o caso de um homem a trair a mulher, o que seria uma questão civil, tornou-se uma questão criminal onde o estado se intromete na vida privada,” afirmou o advogado da vítima, Danish Sheikh.
A privacidade do casal têm sido preservada pelos oficiais, no entanto a mulher já descreveu a dor e o isolamento de estar num casamento arranjado, destinado ao falhanço desde os primeiros dias. Depois de gravar um dos encontros sexuais do marido com outro homem, a mulher ter-se-á dirigido a uma esquadra e afirmado que o marido estava a realizar atos homossexuais "contra a natureza", e exigido que fossem tomadas medidas legais contra ele.
Um ativista pelos direitos LGBT, Shaleen Rakesh, cujo parceiro esteve num casamento arranjado durante 5 anos salienta “Se ele se sentisse confortável para falar sobre a sua sexualidade, ele provavelmente não teria sido forçado a um casamento assim. Era simplesmente mais fácil casar-se do que enfrentar todas as pressões sociais para se casar.”