A situação é mais absurda tendo em conta que o passado sábado foi assinalado o 40º aniversário dos motins no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque e que, de certa forma, levaram ao movimento LGBT como o conhecemos hoje em dia.
E como se não fosse admissível a imagem ficar pior para as forças políciais, o chefe da polícia local justificou a violência aplicada tendo em conta que alguns clientes do bar Rainbow Lounge fizeram "avanços" aos polícias: Jeff Halstead afirmou que "quando se é tocado ou abordado de certa forma por pessoas dentro do bar, isso é ofensivo". Concluindo que irá haver um processo de averiguações sobre o sucedido mas que está "satisfeito com a força utilizada pelos polícias tendo em conta que foram abordados dessa forma."
Os polícias acusam Chad Gibson de ter feito esses avanços. Coincidência ou não, Chad está neste momento no hospital com um traumatismo craniano e diagnóstico reservado. Não se sabe se irá sobreviver para contar a história.
Segundo testemunhas no local os polícias ameaçaram aleatoriamente os clientes do bar de forma violenta, dizendo que estavam bêbadas. Alguns teriam entrado no local prontos para algemar alguém que lhes aparecesse à frente. Este tipo de atitude não é o normal numa verificação policial em que se procura alguém que tenha bebido demais ou tenha idade inferior ao permitido por lei.
Chad terá sido agarrado e imobilizado violentamente no chão por quatro ou cinco polícias. Fotos de telemóvel tiradas por clientes e postadas na internet mostram uma pessoa com a cara no chão num corredor e vários polícias a imobilizá-la.
A polícia alega que os ferimentos de Chad não aconteceram naquele momento mas sim após a detenção com ele bêbado e algemado e que caiu no exterior do bar batendo com a cabeça do pavimento.
O dono do bar, assim como clientes no local e a opinião pública em geral não estão convencidos com esta versão.