Renato Seabra declarou-se inocente quando foi hoje ouvido pelo Grande Júri do Supremo Tribunal do Estado de Nova Iorque. No entanto os 23 eleitores já tinham decidido que havia provas suficientes para o caso seguir para julgamento e qual a acusação de homicídio em 2º grau.
Renato Seabra foi transportado numa carrinha celular e entrou no Supremo Tribunal de Nova Iorque por uma área fechada ao público.
Seabra foi apresentado ao Grande Júri pelas 19h15 (hora de Lisboa) e o seu advogado já tinha indicado que iria alegar insanidade temporária como justificação para os macabros acontecimentos de 7 de Janeiro no 34º andar de um hotel de luxo de Nova Iorque. O seu advogado também indicou que pretende contestar a validade da confissão feita pelo modelo à polícia, sem a presença de um advogado.
Um juiz do Tribunal Criminal nova-iorquino ouviu o modelo de 21 anos no passado dia 14 de Janeiro, tendo decidido deferir o pedido da procuradora Maxine Rosenthal para que o jovem português permanecesse em detenção até nova audiência judicial, devido à "seriedade e violência do crime".
Recorde-se que Carlos Castro foi encontrado morto por volta das 7 da tarde (hora local) no quarto de hotel que partilhava com Renato Seabra que tinha abandonado o local momentos antes. A autópsia concluiu que a morte deveu-se a pancada violenta na cabeça e estrangulamento e terá ocorrido por volta das 2 da tarde. O corpo apresentava marcas de pontapés e também lacerações provocadas por um saca-rolhas. O mesmo instrumento terá sido utilizado inclusivé para furar um dos globos oculares e mutilar os orgãos genitais do cronista social de 65 anos.