Pois é amigas, finalmente temos um filme gay português! Que bom, não é o que pensam? Pois é… como estão enganadas.

Realizado pelo simpático João Pedro Rodrigues (que conheço dos meus tempos áureos), este filme decepcionou-me muito. Ele conta-nos a história de um rapaz sexualmente activo (não é o que estão a pensar) que deseja ardemente um outro (muito giro e de se comer) que não lhe liga. O resultado é que o moço torna-se obsessivo e os seus instintos animais vêm à superfície (que linda frase, não acham?).

O argumento é interessante, mas infelizmente tem muitos buracos e muita coisa fica por explicar (usem a cabeça meninas!). A acção é lenta e, a partir do meio, o filme começa a perder interesse e a tornar-se aborrecido. Os actores actuam (once é que eu já ouvi isto?) de forma natural, sem grandes rasgos de talento.

Em termos técnicos as coisas são um bocadinho piores. O som é muito mau e mal se percebem os poucos diálogos (felizmente a cópia que vi estava legendade em inglês, caso contrário aqui a outra não tinha percebido nada). Quanto à fotografia é tão escura (okay, passa-se quase tudo à noite) que por vezes mal se percebe o que se passa no écran.

Mas meninas, o principal interesse da fita é a sua forte componente sexual (que devia ser ainda mais forte) e, podemos dizer que, o João Pedro teve muita coragem. Uma cena em particular irá ficar para a história do nosso cinema; refiro-me à sequência de engate numa casa-de-banho. Então não é que vimos um menino a fazer sexo oral ao outro, tudo bem ao vivo! A cena não podia ser mais explícita e é de fazer inveja a muitos filmes porno.

O meu conselho de amiga é que, sem criarem grandes expectativas, devem ir ver o filme. Na verdade não é todos os dias que se vê um ex-porteiro do famoso Frágil em atitudes menos próprias…

Beijos

Miss Diva