Como todos devem calcular não sou uma mulher, mas sim uma drag queen e, como tal, não sabia o que as mulheres queriam. Depois de ver este filme cheguei à brilhante conclusão que elas querem o mesmo que eu, bem como desejam o mesmo que todos os homens. Ou seja, querem encontrar alguém que as compreenda, que as respeite, que as faça feliz e querem também ser bem sucedidas na sua profissão.

Nesta comédia americana, o personagem interpretado por Mel Gibson sofre um choque eléctrico e no dia seguinte descobre que consegue ouvir os pensamentos de todas as mulheres (com a excepção de duas que não pensam...). Ao princípio fica assustado, mas acaba por descobrir as vantagens (quem não gostaria de saber o que os outros pensam?) do seu dom e usá-lo das mais diversas formas.

Se vão ver este filme à espera de rirem às gargalhadas, deixem-me avisá-los de que não há assim tanto para rir. O meu conselho é que levem uns lençinhos de papel, pois, se forem como eu, asseguro-lhes que vão chorar um bocadinho. Seja como for, estamos perante uma comédia simpática e, ou não fosse americana, moralista. Mel Gibson continua "bom como o milho" e vê-lo de tronco nú usando collants femininos é razão suficiente para se ir ao cinema. A seu lado temos a simpática Helen Hunt (a rapariga vai a todos) noutra boa interpretação e não podemos esquecer Marisa Tomei (finalmente com um papel decente), graças à qual temos a sequência mais hilariante do filme.

Miss Diva