Miss Diva | Rapidinha: O Tigre e o Dragão (Crouching Tiger, Hidden Dragon) de Ang Lee. [3/14/2001]
Me perdoem, mas das duas três. Ou já estou velha para estas coisas ou o meu gosto está-se a deteriorar. Das duas não sei qual é a pior, mas que posso eu pensar? Toda a gente anda a dizer maravilhas deste filme e eu não percebo porquê. Provavelmente é porque é realizado pelo conceituado Ang Lee, se calhar se fosse um Zé Ninguém a dirigi-lo toda a gente dizia mal. Mas vamos à história. Um famoso guerreiro, Li Mu Bai, decide oferecer a sua espada verde e assim poder viver com a sua amada Shu Lien. Mas a espada é roubada e a terrível Raposa de Jade (uma mulher má) reaparece, trazendo consigo uma excelente pupila. Esta pupila é Jen, a filha do governador, que está prometida em casamento, mas cujo coração pertence a um salteador, Lo. É verdade, não gostei deste filme. Reconheço que está bem feito e tem um bonito trabalho de fotografia (às vezes demasiado bilhete postal), mas não tem emoção, nem assunto. Com excepção de algumas cenas de combate (artes marciais à lá "Matrix"), nada de realmente interessante acontece durante todo o filme, que parece nunca mais acabar. Para que não o acusassem de fazer um simples filme de kung-fu, Lee tenta dar-lhe ar de romântico poético a roçar o espiritual. Voltando às cenas de combate, estão brilhantemente encenadas enquanto se desenrolam no solo, mas quando eles começam a voar, tornam-se por vezes ridículas e perdem toda a sua verosimilhança. O elenco não é mau, mas Chow Yun-Fat é igual a si mesmo como Li Mu Bai, inexpressivo e sem emoções, cabendo a Michelle Yeoh, perfeita como Shu Lien, a melhor interpretação do filme. O filme é demasiado sério e parece um parente pobre do delirante "A Chinese Ghost Story", que vi faz uns anos no Fantasporto. Não fiquei mesmo nada convencida com este filme.
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