O jovem irritante e egoísta imperador do Perú é transformado num lama pela sua conselheira, Yzma, que é também uma perversa feiticeira. Com a ajuda de um camponês, ele vai tentar recuperar a sua forma humana, mas para isso vai ter também que mudar o seu mau feitio.

Esta produção da Disney tardou a cá chegar, devendo-se isso ao facto de o filme ter fracassado nos Estados Unidos. Curiosamente é um mais divertidos e originais filmes de animação da Disney.

Com um ritmo muito próximo dos loucos desenhos animados da Warner (Bugs Bunny, Daffy Duck, etc), o filme tem um estilo muito próprio e uma atitude muito fresca. Ou seja, temos um filme desprentencioso, com um grande grão de loucura e onde a lógica pouco ou nada interessa. Mesmo os queridos animais que costumam povoar as produções da Disney, têm uma atitude diferente e menos doce.

Os personagens são divertidos e simpáticos (com um excelente uso das vozes de nomes como John Goodman e David Spade), incluindo a excêntrica má da fita,Yzma, uma das melhores a sair dos estúdios nos últimos anos (não há nada melhor que uma boa má da fita, principalmente quando a voz pertence a uma diva como Eartha Kitt). Uma palavra também para o companheiro de Yzma, Kronk. O jovem tem um corpo de Hércules, adora roupas novas, falar com os animais e tem veia de cozinheiro. Será que é gay?

O filme tem algumas sequências muito boas, como a do restaurante, onde Yzma e o imperador-lama disfarçado de mulher vão alternando com as suas exigências relacionadas com a comida, que está a ser confeccionada por Kronk. Noutra, completamente ilógica, Yzma e Kronk descobrem setas que indicam o caminho por onde o camponês e o imperador-lama fugiram, enquanto eles próprios deixam marcas de uma outra côr. O climáx é divertido, tem suspense e um ritmo vertiginoso.

Irreverente e divertido este filme está quase ao nível do SHREK, pecando apenas pela falta de melhores diálogos.

Miss Diva