Era uma vez uma pequenina aldeia em França, onde o tempo parou e todos vivem segundo códigos morais e religiosos de décadas atrás. Um dia chega a essa aldeia uma mulher e sua filha (ambas disfarçadas de Capuchinho Vermelho), que aí abrem uma chocolataria e consigo trazem também ventos de mudança.

Há vários anos atrás estreou entre nós o filme "A Mulher do Homem do Talho", cuja história era muito parecida mas os resultados eram muito melhores. A este novo e pequeno conto de fadas falta-lhe, infelizmente, a magia necessária para nos convencer e a capacidade para nos fazer sonhar.

Tenho que confessar que prefiro a língua inglesa à francesa, mas tenho a certeza que o presente filme ganharia se fosse falado em francês, pois ver tantos personagens franceses a falar inglês não soa bem. Mas para mim o grande problema do filme é a sua personagem principal, interpretada pela bonita Juliette Binoche (igual a si própria), que não tem a força de carácter suficiente para poder provocar tantas transformações nos que a rodeiam. Logo, a maioria dessas modificações soam a falso e a mensagem moralista é um bocado forçada. Mesmo assim, ainda brotei uma lagrimazita.

Mas o filme também tem coisas boas, como por exemplo todo aquele chocolate. Meu Deus, as calorias que o filme nos obriga a comer! Sim, porque quando sairem do cinema vão querer comer um chocolatinho ou dois. O elenco de secundários é muito bom com destaque para Lena Olin, que nos dá a melhor interpretação do filme, e Judi Dench. Para os maus saudosos é sempre bom rever Leslie Caron, agora uma velhinha com um olhar maroto que nos relembra "Gigi". Devo também chamar a atenção para a presença de Carrie-Anne Moss, que como a filha rígida de Judi Dench não podia estar mais longe da sua personagem em "Matrix".

Miss Diva