Jack abandona a sua família à procura de uma vida diferente. Conhece uma estranha, Claire, e todas as Quartas-Feiras fazem sexo, apenas sexo. Não falam um com o outro e ambos parecem aceitar essa situação, mas ele começa a querer mais e então decide persegui-la e descobrir quem ela é.

Se vão ver este filme por causa das badaladas cenas de sexo (sim, são muito explícitas) preparem-se para ficarem decepcionadas. É verdade que se vê o orgão erecto (pénis erectus) do actor principal e que a actriz principal lhe faz um pouco de sexo oral, mas é tudo filmado de forma tão íntima que não choca nem excita.

O realizador dá-nos um drama realista e depressivo, que é também um retrato verdadeiro da sociedade em que vivemos. Onde o sexo é mais importante que as relações e onde as pessoas têm medo de amar. Como devem imaginar tudo isto é filmado em ritmo lento, mas felizmente o filme nunca é aborrecido, se bem que podia ser mais curto (o personagem do amigo nervoso de Jack não está lá a fazer nada).

É na direcção de actores que Chéreau dá o seu melhor. Mark Rylance como Jack e Kerry Fox como Claire (ambos actores muito pouco conhecidos) dão-nos duas interpretações brilhantes e são extremamente convincentes em todos os momentos do filme.

Não posso deixar de mencionar o personagem do novo colega de Jack, um jovem francês e gay (realistamente interpretado pelo sexy Philippe Calvario), que serve de confessor a Jack e que se percebe que está interessado nele.

Miss Diva