Estamos em plena 2ª Guerra Mundial. Dois amigos de infância, Danny e Rafe, são agora pilotos da força aérea americana. Rafe apaixona-se por uma jovem enfermeira, mas oferece-se como voluntário para ir combater os alemães em Inglaterra, onde acaba por ser dado como morto em combate. Entretanto Danny e a enfermeira são enviados para Pearl Habor onde acabam por ter um caso. Mas eis que Rafe reaparece e não lhes perdoa a traição, isto na véspera do ataque dos japoneses a Pearl Habor.

Aqui temos um "pastelão" épico que dura três longas horas. As cenas do ataque aéreo são fabulosas e muito bem dirigidas por Michael Bay, valendo por si só o preço do bilhete. O pior é a história de amor que nos é contada pelo meio. Bay não tem o mínimo de jeito para a filmar, usando para o efeito lindos pôr-de-sol, ondas batendo nas rochas, paraquedas vaporosos e muitos filtros. Não há paciência.

O filme podia perfeitamente terminar após o ataque dos japoneses, mas os seus criadores acharam que deviam acrescentar mais qualquer coisa. O resultado é mais uma penosa meia-hora, onde os discursos moralistas americanos (tipo "nós somos muita bons") se sucedem, tornando-se completamente ridículos.

Mas a história de amor talvez até pudesse funcionar, se não fosse o trio de actores que a interpreta. Nenhum deles é convincente, nem suficientemente simpático para nos interessarmos pelo seu destino (que é previsível a milhas de distância).

Ben Affleck é talvez o maior canastrão do actual cinema americano e aqui prova de uma vez por todas ser incapaz de transmitir qualquer tipo de emoção (ao ponto de me faze rir nas cenas mais dramáticas). Quanto a Josh Hartnett, é melhor actor, mas o seu ar de sonso torna-o um bocado irritante. Que ambos são fisicamente engraçados não há dúvida, mas isso não chega para os tornar bons actores. A bonita Kate Beckinsale tem demasiado ar de cabra para se poder tornar uma personagem simpática. Os secundários são melhores, principalmente Jon Voight como o presidente Roosevelt.

Miss Diva