Miss Diva | Rapidinha: Gladiator (Gladiator) de Ridley Scott. [3/25/2001]
Desde que ouvi falar neste projecto houve duas coisas que me chamaram a atenção. Uma delas era o facto deste filme marcar o possível regresso de um género cinematográfico (o Histórico-Bíblico) de que sempre gostei muito e do qual "Ben-Hur" é, para mim, o expoente máximo. A outra coisa era o facto de ir ver o Russell Crowe de saias (que pernas, mon Dieu!), essa simples ideia deixou-me quente durante semanas. O homem é um colosso! Quanto ao filme, a acção passa-se no terceiro século AC e conta-nos a história de Maximus (um nome que fica a matar em Russell Crowe, pois o homem é o máximo), um conceituado general romano. Acontece que Marcus Aurelius, o César da altura, gosta tanto dele que quer que ele lhe suceda no trono. Ora o filho de Marcus, Comodus (Joaquin Phoenix), não gosta da ideia. Assim, o rapaz assassina o pai e manda matar Maximus e toda a sua família. Maximus consegue fugir e acaba por se tornar num famoso gladiador. De volta a Roma para jogar na arena, ele decide vingar-se de Comodus. É certo e sabido que os romanos adoravam intrigas e passavam a vida a matar-se uns aos outros. Mas a Ridley Scott interessou-lhe sobretudo o personagem de Maximus e a vida dos gladiadores. Esta é mostrada em todo o seu sangrento esplendor (algumas cenas não são para pessoas sensíveis) e sem qualquer tipo de glamour. Infelizmente Scott não resistiu a usar filtros fotográficos nas sequências em que Maximus sonha com a sua esposa, tornando-os numa pirosice espiritual. Também em termos de efeitos especiais (diria antes digitais) Scott abusa da sua sorte e, se as cenas da batalha inicial são perfeitas, o mesmo não se passa na arena do Coliseu de Roma. Aí percebe-se perfeitamente que os actores estão a combater com animais digitalmente filmados. Uma vergonha! Mas o filme tem em Crowe o seu grande trunfo e o homem é mesmo muito bom (em todos os sentidos). Julgo que é este filme que o vai tornar numa estrela de cinema e ele merece todo o nosso aplauso. A seu lado Connie Nielsen como a filha de Marcus marca uma forte presença, fazendo prever um futuro brilhante para esta actriz. Também Phoenix está em grande forma, provando ser um actor bastante versátil. Claro que este filme não está à altura dos clássicos do género, mas vê-se com interesse e sempre tem Crowe de saias, o que só por si justifica a ida ao cinema.
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