Um bartender salva uma jovem que está a ser agredida pelo amante e leva-a para casa. Aí descobre que ela e o amante montaram-lhe uma cilada para o assaltar, mas as coisas complicam-se e ela acaba por matar o amante. O bartender assume as culpas, alegando auto-defesa, e a rapariga fica a viver com ele. Entretanto um detective fica perdido de amor por ela e o mesmo acontece com o primo (que também é advogado) do bartender. Ela usa-os a todos para conseguir o que quer e ao dar cabo da vida do bartender, este decide contratar alguém para a matar.

Isto contado assim parece complicado, mas acreditem que visto é muito engraçado. Por isso, se gostam de comédias negras, tal como eu, acreditem que esta é bem divertida. O facto de vermos a mesma história contada de diferentes perspectivas, ajuda a criar a intriga e resulta em momentos de boa disposição (por exemplo as cenas do advogado com a psicóloga).

O realizador Harald Zwart (de quem nunca tinha ouvido falar) tem um sentido de humor muito negro, conseguindo tirar o melhor partido do divertido argumento posto à sua disposição. O filme segue-se sempre com interesse e com um sorriso nos lábios, tendo um clímax verdadeiramente hilariante (imaginem o Paul Reiser de sado-maso e o John Goodman fardado de polícia em posições comprometedoras).

Liv Tyler brilha como nunca como a fascinante femme fatale, iluminando tudo e todos à sua volta. Como o bartender, Matt Dillon está em boa forma física (que peitaço!) e consegue-nos fazer ter pena dele. John Goodman como o detective tem um papel à medida do seu talento. Paul Reiser é divertidíssimo como o advogado e Michael Douglas é excelente como o assassino com ar de chuleco. Assim vale a pena ir ao cinema.

Miss Diva