Aos produtores deste filme deve ter parecido uma excelente ideia juntar Julia Roberts e Brad Pitt, dois nomes fortes de bilheteira. Mas o resultado está aquém das expectativas.

Pitt trabalha para uma organização de criminosos e o seu último trabalho é ir ao México buscar uma famosa e valiosa pistola (a Mexicana do título). Quem não gosta da ideia é a sua namorada Roberts, que decidi acabar tudo entre os dois e partir para Las Vegas. Mas no caminho para Las Vegas ela é raptada por um assassino profissional que a mata se Pitt não entregar a pistola.

Mais coisas vão acontecendo no desenrolar da acção e os personagens vão-se multiplicando, mas no fundo não há muito que dizer e as possíveis surpresas são pouco exploradas. O mesmo se passa com a relação entre Roberts e Pitt, acabando por ser ofuscada pela relação entre Roberts e o assassino profissional, interpretado por James Gandolfini.

Na realidade o melhor do filme são as sequências entre Roberts e Gandolfini, que acaba por revelar ser um sensível gay. O resto arrasta-se sem grande interesse e é uma pena que o realizador Gore Verbinski (que nos deu divertido NÃO ACORDEM O RATO ADORMECIDO) não se tenha decidido quanto ao género deste filme, que fica a meio caminho entre a comédia e o policial, nunca sendo nem carne nem peixe.

Roberts está bem como sempre, mas Pitt (okay, o rapaz é giraço) não parece ter muito jeito para a comédia, nunca convencendo como um pobre pateta apaixonado. Quanto a Gandolfini é excelente como o assassino gay, dando-nos a melhor interpretação do filme.

Miss Diva