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Realizou-se este fim-de-semana o Oporto Gay Pride Party, no espaço do antigo MauMau, actual Musik Club, organizado pela marca BoysRUs, gerida por Miguel Rodrigues-Pereira e que em tempos deu nome a um bar LGBT de referência na cidade.
Miguel é uma cara conhecida da noite tripeira, com um know how que lhe vem desde o outro lado do rio douro quando estava ao leme do então "ROX". Foi também um dos responsáveis pelo evento que marcou a cidade e que muitos recordam com saudade, falamos da "EletroParade", e foi também um dos responsáveis pelos 12 anos de Porto Pride, e por isso agora ao leme do Oporto Gay Pride Party só se poderia esperar um evento animado noite fora.
O espaço foi lamentado por alguns que ali se deslocaram pelo fato de estar deslocado do centro da invicta, quando comparado com o tradicional Teatro Sá da Bandeira. Um dos convivas comentou a temperatura na sala, "pelo menos no teatro sabíamos que não havia ar condicionado aqui tem mas não ligam" enquanto se encaminhava com o seu grupo de amigos para as escadas o único sitio mais fresco.
Presentes para animar o evento estiveram ManHunt, a atuação ao vivo de Catarina Pereira concorrente ao Festival da Canção em 2010, assim como os shows de transformismo com as artistas Natasha Semmynova, Ricardo Madonna, Tula Tharp, Nany Petrova e Roberta Kinsky. Já aos comandos dos pratos estiveram Dj Britney, Dj Jordann, Dj RJunior e Dj Nuno Cacho.
O evento contou com o apoio do Café Lusitano, da Royalty, Rádio Nova Era, ManHunt, LGSP e a Cutty Sark.
Dentro de portas a festa correu noite dentro sem qualquer incidente como é praxe mas mesmo assim houve alguns percalços atrás das cenas.
Rodrigues-Pereira postava no seu facebook e pouco antes da abertura de portas que a empresa "MagicTrain" se recusou à última da hora a cumprir o que havia sido contratualizado, lia-se o seguinte, "A empresa Magictrain a quem tínhamos alugado um comboio turístico para fazer o transporte gratuito de participantes da festa entre a baixa do Porto e a Rua da Restauração acabou de nos informar que não autoriza a saída do dito comboio por ter colados os nossos cartazes e neles constar a palavra Gay". Já no palco do evento Rodrigues-Pereira falou ao público presente comunicando tal como havia feito no seu perfil que irá levar a referida empresa ás instancias legais não só pela falta de cumprimento de um contrato mas porque se trata de um ato discriminatório reprovado por lei na constituição portuguesa no seu artigo 13º.
De lamentar este incidente mas não foi ele capaz de alterar a vontade de festa, e por isso a festa terminou quando o sol nasceu.