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Celso Júnior é o director executivo do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa desde o seu início. O PortugalGay.PT teve oportunidade de o entrevistar durante a 5º edição do festival.

Como se faz um Festival de Cinema?

PortugalGay.PT: Celso o que é um festival GLBT?

Celso Junior: Existem vários Festivais Gays e Lesbicos no mundo. No entanto eles tem um série de diferenças e semelhanças: para já começa com os Americanos e os Europeus, só ai há um abismo entre eles. Grande parte dos festivais Europeus são um pouquinho mais abertos que a grande maioria dos Americanos, que são, não diria fundamentalistas, não é o termo realmente... mas são exclusivamente virados para a comunidade.

PG: ...estás a querer dizer que os Festivais Europeus tambem passam filmes que não são gays?

CJ: Não é só isso, normalmente estão mais abertos à diversidade mas tem outros festivais que também o são, como por exemplo o Mix de Nova Iorque. Alias o Mix de Nova Iorque chega até a ser diferente de todos os outros porque tem uma vertente absolutamente experimental, a grande aposta deles é no cinema experimental, o Mix Brasil esse sim é um festival aberto para a diversidade e o nosso festival tem um pouco dessas características, que é sobre tudo apesar de ser um festival GLBT, abre-se um pouquinho mais e coloca o straigth também, o nosso público visado é a comunidade mas não só, é abrir o festival á sociedade.

PG: Quer dizer que se vivemos 365 dias juntos partilhando o dia que partilhemos também este festival?

CJ: Evidente, ... isto não tem a ver com perder a identidade, o facto é que a orientação sexual de cada pessoa não deve influenciar na sua capacidade de trabalho e na sua capacidade de lazer. Em primeiro lugar este é um festival de cinema e é o único que Lisboa tem, ficar resumido apenas á comunidade é pouco... ambiciona-se mais que isso, levar o festival mais adiante, é uma maneira de mostrar essa cultura esse tema que é o GLBT, e mesmo assim você pode ver é muito relativo, as perguntas que sempre me colocam: "o que define um filme ser gay, lésbico como é que vocês colocam esse rótulo?". E eu que tenho uma certa implicância com os rótulos não posso fugir deles até certo ponto. É uma questão dos olhares, eu no fundo penso que as pessoas estão um pouco desatentas ao nosso festival, sobretudo aquelas mais fundamentalistas que perguntão para quem é feito este festival. E para quem é feito? Para as pessoas que aprenderam o sentido da palavra respeitar, que tem a noção do que são as liberdades, este festival é feito para essas pessoas.

Dizia já o Paulo França, que era um jornalista muito lido no Brasil e nos Estados Unidos e que morreu em 1997... ele tinha uma teoria sobre os fundamentalistas em que diz: pessoas normais, ele era um pouco causto, pessoas normais, as mais decentes dentro do comum normalmente tem opiniões distintas e o máximo que fazem é discutir civilizadamente os diferentes pontos de vista, o fundamentalista é aquele que nos quer distruir pela nossa opinião diferente, aí entra todo o passo infantil, ai é que tudo começa, então para quem é feito este festival no fundo: para exactamente quem ama as liberdades, para quem tenta deixar de ser ignorante. Eu não posso permitir um acto de "heterofobia", nem sei se a palavra existe, mesmo os filmes straigth que apresentamos são verdadeiras obras à liberdade, à diferença. Porque a diferença está em tudo e antes de se resumir ao GLBT este festival luta pela diferença.

PG: Primeiro ano... como foi quando te fizeram a proposta? Tomaste-a como sendo uma aventura, uma aposta, uma loucura?

CJ: Loucura nunca encarei. Normalmente tenho noção do que me vou meter, era uma questão de pesar e parecia-me um projecto interessante. Eu só paguei um preço muito alto com o crescimento do festival e o número pequeno de pessoas a trabalhar neste festival. Tive que anular muita da minha vida pessoal. Eu sou obviamente uma pessoa muito individualista, e no festival esse individualismo é comico pelo colectivo. Se você tem ideia da quantidade de filmes que eu gosto como pessoa dentro do festival, em oitenta e um filmes por acaso este ano tem cerca de 10 por cento de filmes que realmente gosto, mas em outros nem por isso mas são filmes absolutamente necessários de serem mostrados: uma programação nunca é feita aleatoriamente, eu não viajo por esses festivais todos à toa.

PG: Quando iniciaste a organização do primeiro festival, quais foram os apoios e as dificuldades que encontraste?

CJ: Olha... o primeiro festival foi feito com novecentos contos, e nós tivemos o dinheiro para fazer esse festival tipo dez dias antes do festival começar. Nunca vi tanto desespero na vida! Um voluntariado a cem por cento mesmo: nas pessoas que cederam os filmes, e chegamos a fazer de uma forma, em alguns casos, pouco legal. Graças à cinemateca isso não foi tão verdade, uma vez que os filmes foram apresentados na Videoteca e tem uma lei que os protege, e as entradas eram gratuitas, efim... Mas tivemos uma grande adesão de público e a única maneira de saber se o festival vingava ou não era fazê-lo. Qual foi a solução encontrada? Na época eu achei, me pareceu a única solução possível, que devíamos atacar firme e forte numa retrospectiva daquilo que tinha sido a cenografia gay e lésbica desde que o cinema existe até ao festival, e tivemos filmes do século dezanove ate à data do festival que foi 1997.

PG: Quando fizeram a organização do primeiro festival, ele foi pensado para depois seguir em cada ano ou foi pensado apenas para aquele ano em particular?

CJ: Sempre foi uma questão de continuidade... da forma que foi pensado nunca pensei de outra forma.

PG: Passados cinco festivais, como foram as edições seguintes: surpresas, dificuldades maiores...

CJ: Isto foi assim até ao treceiro ano. Foram tentativas... O primeiro ano foi uma retrospectiva, no segundo ano nunca tivemos tantos filmes como aquilo, no 2º ano a grande fonte de inspiração foi o cinema gay e lésbico nos continentes todos. Eram 43 países, era muita coisa e nunca fiz um festival tão grande de curtas... era assim 114 filmes, nunca voltamos a passar tantos filmes como naquele ano.

Evoluir

Aqui tivemos uma pequena troca de palavras onde questionamos o Celso Junior sobre como se faz um festival com tão pouco dinheiro, e com que apoios. Ao que ele respondeu que no que respeita aos apoios foram sempre os elementos do festival que foram em busca desses apoios e nunca esses apoios que vieram até ao festival. Isto numa altura em que este festival já seria um bébé a falar as primeiras palavras.

Hoje as coisas estão um pouco diferentes esta criança já anda.

PG: O festival para chegar a este patamar, assumiu uma importância maior?

CJ: Isso não tenho a menor dúvida! Institucionalmente eu acho que nós atingimos a nossa meta, ao nível da respeitabilidade, credibilidade do serviço que estamos prestando a esta cidade e ao país. A nível internacional a conquista foi muito mais abrangente o que nós não conseguimos conquistar ainda, e isso é algo real, ainda não conseguimos seduzir a imprensa portuguesa, definitivamente não. A um nível que eu não posso usar outra palavra que não seja preconceito: o Expresso é vergonhoso, noutros jornais as materias são pequenas, há alguns programas de televisão, mas eu acho que o festival com a oferta que tem é absurdo não ter uma maior presença. Eu não trouxe pessoas como Monica Troite, Rosa Falcão, Bruce LaBruce e outros para isto. Custa-me a acreditar que seja por ignorancia, porque eles mostram tantas coisas de valor duvidoso, que de repente não me vem outra palavra à boca, eu acho que a imprensa Portuguesa é preconceituosa com todos as letras. Nunca que eu me permiti a tal discurso até hoje mas, passados estes anos todos não tenho outra explicação.

PG: O Festival começa em 97 nessa altura ligado á ILGA Portugal, e entretanto o próprio festival torna-se ele mesmo numa associação. Como foi a retirada, a separação da ILGA Portugal, foi uma saida demorada, controversa, foi uma saida facil... Como é que foi?

CJ: Não poderei dizer que tenha sido uma saída facil, mas tambem não foi complicada. Pode haver um pequeno grupo que discorde inicialmente com a saída do festival, mas já no segundo ano foi falado a nível da direcção da ILGA Portugal, na altura do Gonçalo Diniz, que no futuro isso seria algo que iria acontecer. Por uma razão muito simples: equipas distintas e objectivos distintos. A questão da equipa era muito importante: o festival tinha a sua equipa própria, tinha os seus gastos próprios. Você veja: nós talvez tenhamos um objectivo social mas ele esta muito dissolvido... o nosso objectivo é cultural antes de tudo. Já uma associação como a ILGA Portugal tem um objectivo social mais objectivo. Eu acredito que haja sempre situações menos claras nessa história, mas uma coisa é certa e segura: a saída do festival tem a ver unicamente com a necessidade de crescimento do próprio festival. De repente o festival ficou absolutamente preso, estando condicionado a prazos, equipas e situações que seriam hoje incomportáveis. Não só para poder trabalhar mas para atingir a projecção que temos... É aquilo que eu digo: é um filho que cresce e tem que sair de casa, o que é normal.

PG: Neste momento (e penso que tens consciência disso) o Festival tem uma grande importância a nível internacional e cá dentro um pouco mais devagar... Este ano com o maior número de filmes, o maior número de salas, e o maior número de convidados, como é que se chega a estes números?

CJ: para ter uma ideia das coisa já há dois meses que estou a trabalhar no sexto festival, tendo já dezoito filmes seleccionados para o ano embora ainda não programados. Como já te disse antes nós já tivemos festivais com maior numero de filmes que este ano. O que este ano temos é cerca de 70% dos filmes que foram de difícil negociação, o que nós temos é uma Atalanta que é de mente aberta, o Paulo Brando tem o melhor catálogo do país, sem dúvida, e tem uma brilhante relação com o festival. Veja por exemplo o vencedor de Berlim deste ano, os seus direitos foram comprados por uma pequena empresa do Porto que acha o nosso festival uma faca de dois gumes que poderia conotar o filme deles como sendo um filme gay (que na verdade é) e com toda a certeza não conseguiremos o filme. Por isso eu também não entendo para que compram os direitos do filme se não tem capacidade de soltar os filmes nas salas de cinema. Outro exemplo, e porque falamos dos straigth e dos gay, é para mim mais fácil o relacionamento com produtoras, jornalistas e até empresas que contactei este ano, que sejam straigth que aqueles que na frente tem alguém que toda a gente sabe que são um bando de "Bichas e Camionistas". E que estão tomando conta de uma série de sectores e que pensam que se promoverem um festival como este vão se dar a conotar com o festival. Faça-me o favor: estou de saco cheio e já não tenho idade para essas cobardias! É uma falta de profissionalismo extremo. Já que um bom profissional deve ser sempre isento, nos straight a descontração deles a lidar connosco é excelente e não falo só no estrangeiro mas mesmo aqui em Portugal. Não tem nada que provar a ninguem... este ano foi sem duvida uma coisa que me deixou muito triste porque perde-se coisas muito boas com este tipo de situações.

Tivemos depois um longo desabafo de Celso Júnior que diz que este ano não seria um ano padrão para se falar do festival. Este ano era talvez o ano em que a organização se esforçou ao mais alto nível para que não faltassem filmes, para que tivéssemos aqui realizadores com Sai Ming-Liang, que por causa de uma barbaridade de um atentado fica retido em Toronto e não pode passar por Londres porque não dispõe de visto, ou porque temos os filmes de quarentena no aeroporto porque vêm dos EUA. Um desespero interno que estava também presente no dia de abertura, no rosto dos presentes. Diz Celso Júnior que as pessoas estavam apreensivas e transtornadas vindo só a sentir clima de festa no dia em que se passou o filme "Tabu", em que se via mais uns sorrisos e maior brilho nos rostos. A imagem que ficou em Celso Júnior foi o facto de todos os anos ter que ir junto da fila dos bilhetes para a cinemateca e dizer que já não dá para para colocar mais ninguém dentro do cinema, porque se encontra lotado e sempre foi "chingado" este ano as pessoas sairam em silencio sem protestos, e isso deu no C.J. um sentimento de angústia porque aquelas pessoas que até o insultavam em outros anos desta vez estavam cabisbaixos, amedrontadas com os acontecimentos de dia 11 de Setembro.

PG: Embora não me agrade a comparação de maior ou menor, o Festival Gay Lésbico de Lisboa é maior ou menor que outros festivais feitos na Europa, como por exemplo o de Berlim, atingimos o mesmo grau de importância?

CJ: São distintos: o mesmo patamar de importância ainda não... é muito difícil chegar aí. Afinal de contas eles têm prémios desde o primeiro ano, foram eles que premiaram o Pedro Almodôvar com o filme "A Lei do desejo". É um festival menor que o nosso a nível de tempo, com menos filmes que o nosso, mas com outra respeitabilidade que o nosso ainda não atingiu, ainda não temos idade para isso.

PG: Foi dificil chegar à FNAC?

CJ: Não é o primeiro ano que nós estamos com a FNAC. A FNAC vem apoiando o festival desde o ano passado de uma forma mais discreta: foram os ciclos que fizemos lá, um certo apoio meio escondido, mas este ano foi um patrocínio e ao mesmo tempo fizeram uma publicidade que vale muito mais que o dinheiro que nos deram. E enquanto até hoje a palavra era "nós apoiamos o Festival de Cinema" a FNAC entra como um semitom dizendo "nós estamos com" o que caiu muito bem.

PG: Gente do festival, gente com coragem, ou suficientemente louca, e este ano o festival toma o expresso do oriente até ao Porto. Quem o responsável por isso, como surgiu, quem organiza no Porto?

CJ: viajamos este ano e viajaremos o ano que vem se for o caso, como viajaremos até Faro provavelmente. Mas isto surgiu através de um jornalista que é o Rodrigo Affreixo, se nos perguntou se nós estaríamos interessados em ter o festival no Porto. Claro que sim, mas penso que o Porto se devia organizar porque ficaria muito mais fácil e barato para todos. Porque tomar conta de um festival do Porto, Lisboa e Faro é impraticável. Mas se o Porto e Faro se organizarem e tiverem a sua estrutura, isso seria fantástico porque os calendários se poderiam organizar de forma a que os festivais fossem a seguir uns aos outros e assim teríamos as despesas dos filmes repartidas ficando muito melhor para todos num trabalho conjunto. Porque este ano levo treze dos oitenta e um filmes para o Porto é viável e não dá muita confusão, mas se fosse duas semanas no Porto como duas em Lisboa seria impossível.

PG: Como se explica que até 4 dias antes do início do festival no Porto ainda não existissem cartazes nos locais frequentados pelos GLBT, como o Café Na Praça, Boys'R'Us, Moinho de Vento, Him e Q'Bar?

CJ: Com toda a sinceridade não posso explicar, a responsabilidade de Lisboa no Porto é na distribuição no fornecimento das fitas. A parte de divulgação e promoção é da organização no Porto que, como deves compreender, me transcende.

Pensando nos próximos

PG: 2002, como vai ser, vamos ter mais filmes, mais convidados, um festival maior mais pequeno, menos curtas e mais longas, como será 2002?

CJ: este ano já tivemos menos curtas que o ano passado, se me falasse disso há duas semanas atrás, antes do atentado, porque eu não sei o que vai ser do mundo agora, mas em condições normais de temperatura e pressão, o festival obviamente vai crescer, tem muito mais aposta em convidados e apostando cada vez mais alto na qualidade dos filmes.

PG: Diz-se nas ruas de Lisboa que o festival vai mudar de nome e vai-se chamar "Festival Internacional de Lisboa", confirmas isso?

CJ: Mesmo que um dia se venha a ter o primeiro "Festival Internacional de Cinema de Lisboa" vai estar junto, concerteza, o sexto, o sétimo, ou décimo, Festival Gay Lésbico de Lisboa.

PG: O que o Celso Júnior esta a dizer é que a Associação está a pensar em voos mais altos ao ponto de realizar um outro festival anual alem do existente?

CJ: Lisboa é uma capital europeia e porque não ter o seu festival, o festival GLBT sim senhor, mas nota-se aqui uma grande paixão pelo cinema, e Lisboa é a capital deste país e deve ter o seu festival. Fazer um festival de cinema desse tipo e como este requer uma estrutura muito complexa e está longe disso termos essa estrutura, mas que faz parte dos nossos horizontes claro que sim. Mas nunca passa pela ideia anular ou juntar o GLBT.

PG: A meio do Festival o Celso Júnior sente-se realizado com o resultado deste ano?

CJ: Não posso deixar de dizer para você que me sinto um pouco frustrado, sobretudo por aquilo que não tenho controlo: os acontecimentos do atentado de NY frustrou muito as nossas expectativas, não só na nossa estabilidade emocional como na do público, afectou também a organização deste festival porque no dia do atentado recebemos três faxes a anular a vinda de três das nossas atracções. Mas esta frustração não passa pela culpa, porque se deve a uma coisa maior, mas onde a minha culpa reside ainda este ano e neste ponto está muito bem repartida é na divulgação do festival que penso que este ano ainda não foi feita como devia ser, porque aqui há uma luta real do preconceito da imprensa nacional.

PG: Já que voltamos aos media, como explicas que não foi assim tão complicado chamar os media para a conferência de imprensa dada pela recusa do espaço SONAE, e depois na própria festa do Porto Pride, isto tudo numa cidade supostamente muito mais conservadora que Lisboa, e foi mais fácil ter artigos em quase todos os jornais e televisão e aqui em Lisboa o festival na sua já quinta edição e com o peso que tem vindo a alcançar, continue a ter dificuldades?

CJ: Talvez no primeiro ano tenhamos tido mais a atenção dos média que nos outros anos pelo facto de ser novidade. E penso que você terá sentido isso no Porto Pride, mas também não se justifica porque tal como eu falei para você que um dos principais objectivos do festival é educar... é porque ainda tem um grande numero de pessoas que pensa que o festival GLBT é um festival de filmes pornográficos, a palavra Gay e Lésbico está ainda muito associada à pornografia, e é muito difícil lutar-se com coisas ainda muito calcinadas. Há um longo caminho a percorrer para mudar isso e terá que ser com muita perseverança, e continuar a trazer a qualidade e dentro do mais genérico possível, principalmente qualidade.

QUALIDADE, esta pode ser a máxima que se pode ver no material apresentado na quinta edição do Festival Gay e Lésbico de Lisboa, filmes como Taboo de Nagisha Oshima, The Girl de Sande Zeig ou Plata Quemada de Marcelo Pineyro, isto para não falarmos da retrospectiva de Sai Ming-Liang, e a curtas como a do promissor realizador Jorge Torregrossa, Desire e Entrevue da realizadora Marie-Pierre Huster, são mais que exemplos de uma boa selecção... mas não deixa de ser um festival que não pode agradar a Gregos e Troianos.

Esta quinta edição fica também marcada pela sua tardia exuberância e alegria dos convivas que a visitaram devido ao já citado assombro provocado pelos acontecimentos de 11 de Setembro que não deixou nada nem ninguem indiferente. E que colocou os nervos em franja desta organização que teve que roer as unhas enquanto os filmes estavam de quarentena no aeroporto de Lisboa.

Com todas as falhas e precalços deste festival, esta quinta edição não deixou margem para duvidas que se trata de um dos principais festivais da Europa para não dizer do mundo dentro da especialidade. Fica a promessa de que para o ano falhas como o atraso no início dos filmes, ou da longa espera no bar do cinema, serão tomadas em atenção e rectificadas tanto quanto possível.

Aqui fica a mensagem do PortugalGay.PT a este festival: Obrigado por estarem em Portugal e tentarem de uma forma sábia e através de um produto de qualidade mudar mentalidades sejam elas de que orientação forem... Para o ano há mais!

 
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