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Sábado, 26 Agosto 2017 20:21

EUA
Charleston, KKK e violência



Depois dos acontecimentos em Charleston e do afastamento de pessoas trans do exército dos EUA, a extrema-direita/supremacia branca/nazismo continua a sentir-se livre para tentar atingir os seus objectivos.


Como se sabe, em Charleston houve uma manifestação da extrema direita, com os grupelhos e nazistas e defensores da supremacia branca, bem enfeitados nas suas bandeiras nazis e confederadas, a gritarem palavras de ordem racistas, nazistas e com veementes apelos à violência.

Essa manifestação foi confrontada por defensores dos direitos humanos, anti-racistas, anti-nazis que não acharam bem que um país, que verteu sangue para libertar a Europa das garras do nazismo, permita em nome da democracia manifestações contra essa mesma democracia.

Houve confrontos, como seria de esperar de grupos de extrema direita sempre ávidos de violência, a tal ponto que um deles lançou um carro contra os manifestantes seus opositores, e que resultou numa fatalidade.

Como Trump tem nestes grupelhos um forte apoio, a sua reação foi resvalando entre dois pólos. Começou por lançar as culpas a todos. Depois, perante a censura nacional vinda mesmo de sectores que o apoiavam, culpou os manifestantes de extrema direita, para depois voltar a culpar todos. A coisa foi de tal modo que sofreu baixas na sua máquina estatal com várias demissões.

Incentivados por este apoio mal disfarçado da parte de alguém que se diz presidente dos EUA, a Ku Klux Klan, um dos mais antigos defensores do racismo e da supremacia branca, não perderam tempo a afiar as garras, apontando para um dos seus alvos preferidos além dos afro americanos: a comunidade LGBT, que acreditam que deve ser eliminada para que se acabe com a SIDA.

Líderes da facção do Louisiana da KKK começaram a distribuir panfletos em que pedem para que se unam a eles e exterminem a comunidade gay (que para eles é sinónimo de LGBTIQetc.) num esforço direccionado a “salvar a nossa terra, união ao Klan, poder branco”.

“Parem a SIDA, apoiem o espancamento gay”, pode ler-se num dos panfletos, junto com “Homens homossexuais e os seus actos sexuais são repugnantes e inumanos”. Noutro pode ler-se “A nossa raça é a nossa nação”.

Os panfletos estão assinados como “Leais Cavaleiros Brancos da KKK” e contêm um endereço web e um número de telefone para todos os que desejem participar no genocídio.

Segundo a WSBTV, o Xerife de Newton County lançou uma investigação depois de ter recebido várias queixas de residentes que encontraram os panfletos nas suas entradas de casa e relvados.

O FBI encontra-se também a investigar.

Como resultado destes tristes acontecimentos, degradantes para qualquer pessoa que se considere humana ou que tenha orgulho em ser norte americana, em Phoenix, no Arizona, uma jovem trans de 18 anos foi espancada no fim de semana.

Dakota Kern encontrava-se numa festa quando foi espancada por um grupo de adolescentes. Segundo ela o espancamento foi um crime de ódio. “Alguém gritou ‘apanhem-na’ e então agarraram-me, começaram a puxar-me e empurrar-me e a baterem-me. Honestamente não acreditei que sobrevivesse.”

Kern afirmou à 12 News que um amigo tentou protegê-la enquanto se encontrava caída e que pelo menos 3 jovens estavam a esmurrá-la e a pontapeá-la.

A polícia de Phoenix está a investigar o caso como um crime de ódio e já deteve um jovem de 15 anos, que enfrenta acusações de assalto agravadas, e pelo menos dois outros jovens encontram-se identificados, graças a um vídeo do espancamento que um dos “inteligentes” agressores publicou na net, e onde se pode observar várias pessoas a testemunharem o ataque, algumas estando a ser interrogadas.

Kern não se recorda totalmente do ataque pois a dada altura ficou inconsciente, mas recorda-se de ouvir gritos a insultá-la e de ser pontapeada antes de bater com a cabeça no cimento e ficar inconsciente. Ela denuncia este ataque na esperança que outras pessoas trans lhe sigam o exemplo e façam frente à discriminação e ódio. “Quero que as pessoas saibam que vou mudar o mundo.”

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