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Domingo, 15 Setembro 2013 10:07

CANADÁ
Noiva trans vítima de transfobia ganha processo



A Comissão de Direitos Humanos de Saskatchewan anunciou na última Quarta-Feira que um acordo mediado foi atingido após a apresentação de uma queixa contra uma loja de noivas em Saskatoon.


A comissão apurou que a 21 de abril de 2013 a boutique de noivas violou o código de direitos humanos da província ao se recusar a atender Rohit Singh, porque ser transexual. Singh foi comprar um vestido de noiva e foi convidada a sair pelo pessoal da loja porque os homens não estavam autorizados a experimentar os vestidos. Singh acredita que foi discriminada.

Num recente comunicado de imprensa, o SHRC (Saskatchewan Human Rights Council) disse que a loja de noivas "infringiu o artigo 12º do Código de Direitos Humanos de Saskatchewan, negando um serviço a uma mulher transexual."

O acordo foi obtido após uma série de encontros mediados entre Singh e proprietário da loja.

Em vez do pagamento de uma indemnização a Singh, o proprietário concordou em fazer doações a duas instituições de caridade locais. "Normalmente, e em casos que a resolução envolva uma obrigação financeira, o dinheiro é pago como um reconhecimento de dano à dignidade ou, às vezes, por perda de rendimento", afirmou o comunicado de imprensa da Comissão de Direitos Humanos de Saskatchewan.

"Estou muito feliz com a decisão. Estou muito satisfeita. É exatamente o que eu queria ", afirmou Singh numa entrevista via telefone.

Singh afirmou que os pagamentos serão feitos em vez de um pedido de desculpas público. Para ela, os resultados da mediação foram mais do que uma vitória pessoal. "É muito mais para a minha comunidade. Todos têm que lutar pelos seus direitos. "

O valor das doações não foram divulgados no comunicado, mas Singh disse que o Avenue Community Centre for Gender e o Sexual Diversity and Aids Saskatoon irão receber US $ 500.

"Uma mediação oportuna é uma ferramenta eficaz na resolução de queixas", afirmou David Arnot, Comissário Chefe da SHRC, no comunicado. "Quando ambas as partes estão dispostas a participar do processo, os queixosos e os respondentes estão em posição para seguir em frente, em vez de prolongar o assunto."

De acordo com a comissão, os detalhes dos acordos mediados geralmente não são disponibilizados ao público, mas a divulgação pública faz parte do acordo.

A loja em questão não quis comentar o assunto.

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