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Sexta-feira, 22 Março 2013 17:07

EUA
Pediatras apoiam casamento entre pessoas do mesmo sexo



Uma das questões mais levantadas sobre a adoção por casais do mesmo sexo é a hipotética influência negativa que estes casais podem ter sobre a educação e desenvolvimento crianças, que os pediatras vieram agora afirmar não ser fundamentada.


Para contradizer as suspeições provenientes de grupos mais conservadores, existem diversos estudos realizados nomeadamente nos EUA e no Reino Unido. Esta quinta-feira Academia Americana de Pediatria (AAP) declarou que as crianças beneficiam com o casamento dos seus educadores, uma declaração que é mais uma voz ao reconhecimento legal das relações entre pessoas do mesmo sexo.

Em Portugal as pessoas homossexuais podem candidatar-se à adoção correndo o processo legal vigente como solteiros, mas uma criança não pode ser adoptada por dois homens depois destes se casarem numa descriminação inexplicável perante esta posição dos pediatras dos EUA.

O professor Perrin da Tufts University School of Medicine diz, “o casamento proporciona permanência e segurança ás crianças, sentimentos extremamente importantes para o bem estar dessas crianças”. A Tufts University School of Medicine, onde o Prof. Perin lecciona, é especializada no comportamento e desenvolvimento das crianças, aponta que o “casamento permite que as crianças cresçam em um ambiente em que se sintam confiantes da solidez da família”.

Segundo a AAP quase dois milhões (2 milhões) de crianças são educadas por casais do mesmo sexo.

As declarações políticas da AAP vem numa altura importante para o Supremo Tribunal que tem em mãos duas decisões que serão apresentadas para a semana, sobre as questões da defesa do ato do casamento federal ou DOMA, e a Proposição 8 que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo no estado da Califórnia. Os críticos continuam a na sua demanda mantendo o argumento de que as crianças estão melhor quando tem em casa um pai e uma mãe.

Autor do livro “One Man, One Woman: A Catholic's Guide to Defending Marriage”, Dale O’Leary, disse que uma criança a ser criada por uma casal do mesmo sexo sofre. Na sua opinião todas as crianças tem um desejo natural para “um pai e uma mãe” um desejo que a criança quando educada por dois pais ou duas mães reprime porque sabe que os seus educadores não vão aceitar.

Em 2010 um artigo de opinião do Bispo Harry Jackson Jr. R., pastor sénior da Igreja Cristã Esperança, em Maryland, dizia que “um estudo de oito anos sobre meninas e suas famílias mostrou que a presença de um pai, numa participação adequada com os filhos, contribui para que as meninas atinjam a puberdade mais tarde”

Contudo o Bispo nunca forneceu quaisquer dados sobre o estudo em referencia e talvez por isso o Prof. Perrin descarta as preocupações apresentadas e adianta que os estudos que avaliam o beneficio de ter uma mãe e um pai tem como termo de comparação as famílias monoparentais e não famílias compostas por educadores do mesmo sexo.

Com o objectivo de apresentar uma conclusão a AAP reviu mais de 30 anos de estudo de crianças educadas por casais do mesmo sexo, e concluíram o seguinte: “Não há qualquer relação entre o género dos pais ou a sua orientação sexual e o bem-estar dos seus filhos”, diz Perrin. “A nossa conclusão é baseada no fato de que não há nenhuma evidencia de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo vá prejudicar as crianças sobe qualquer forma”.

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