A medida do governo reconhece a importância do diagnóstico precoce e dos objectivos 90 90 90 até 2020: 90% das pessoas que vivem com VIH serem diagnosticadas; 90% das pessoas diagnosticadas estarem em tratamento antirretroviral; 90% das pessoas em tratamento se encontrarem com carga viral indetetável.

Esta medida está também em linha com as orientações da ONUSIDA no sentido não só da autonomia do doente mas também o acesso por populações que não estariam disponíveis para realizar o teste nos serviços tradicionais.

Portugal junta-se assim a Espanha, França, Bélgica e Itália onde tal possibilidade já é contemplada.

Em teoria o processo não se limita à venda dos testes, sendo importante o aconselhamento quanto à utilização adequada do dispositivo, às medidas a tomar no caso de um resultado reativo, não reativo ou indeterminado e medidas de prevenção para estas infeções, constituindo-se oportunidade para promover a literacia em saúde, assim como a referenciação adequada às instituições do SNS caso necessário.

Medida surge depois de testes rápidos realizados nas Farmácias

Há meio ano atrás o governo tinha aprovado uma medida legislativa no sentido de realização de testes rápidos em farmácias. Foi anunciado na semana passada que as farmácias de Cascais passaram a disponibilizar testes rápidos do VIH e Hepatite B e C. No caso de um teste reactivo é contactada a linha SNS 24 pela farmácia ou utente, para realização de um teste de confirmação e, se necessário, acompanhamento adicional.

Além de Lisboa e Porto que disponibilizarão estes serviços em breve, Almada, Amadora, Loures, Oeiras, Odivelas, Portimão e Sintra já anunciaram que vão também tomar medidas similares.