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Segunda-feira, 7 Maio 2007 23:52

ESPANHA
Extrema-direita pode ser "apoiada" por "cidadãos católicos"



Segundo o site Fátima Missionária, o Arcebispo de Pamplona diz que partidos como a fascista Falange são "dignos de consideração"


O arcebispo de Pamplona entende que os pequenos partidos da extrema-direita, "fiéis à doutrinal social da Igreja", podem ser "dignos de consideração e apoiados". Como exemplo referiu a Falange, o partido fascista de Primo de Rivera, o mentor do ditador Francisco Franco.

Num texto, colocado no site da arquidiocese, já datado de Março, mas só agora divulgado pela AFP, sobre "A situação actual da Igreja Espanhola, algumas orientações práticas Fernando Sebastian Aguilar instiga mesmo ao voto nesses partidos: "Hoje em Espanha há alguns partidos políticos que querem ser fiéis à doutrina social da Igreja na sua totalidade, como por exemplo Comunión Tradicionalista Católica, Alternativa Española, Tercio Católico de Acción Política, Falange Española de las JONS".

Para Sebastian Aguilar, "todos eles são partidos pouco tidos em consideração", quando afinal "têm um valor testemunhal que pode justificar um voto". E acrescenta: "Não têm muitas possibilidades de influenciar de maneira efectiva a vida política, ainda que pudessem chegar a entrar em alianças importantes se conseguissem o apoio suficiente dos cidadãos católicos".

Num documento mais recente, de 27 de Abril, o arcebispo volta à carga, agora sem nomear partidos. Numa carta pastoral dirigida aos fiéis de Navarra, que se preparam para votar para as autárquicas e em eleições autonómicas, Aguilar retoma o alerta de um documento da Conferência Episcopal Espanhola, de Novembro passado, muito crítico nas questões da moral sexual e familiar, no que foi tido como uma reacção a leis que o Governo de Zapatero tem aprovado, como a dos casamentos homossexuais. O arcebispo de diz que "o resultado destas eleições vai influenciar em muitas coisas que têm implicações morais muito importantes, como são por exemplo a segurança e a defesa da vida, o tratamento do matrimónio e da família, a educação moral da juventude, a tranquilidade e estabilidade da convivência".

Agora, para estas eleições municipais e autonómicas, não há referências aos falangistas ou a outros partidos, mas o aviso já estava dado no documento de 17 de Março no qual, apesar de nomear aquelas forças partidárias, Aguilar afirmava que a Igreja "não pode dizer para votar neste ou naquele", mas pode dizer que "não se vota nos que defendem directamente acções claramente imorais, como o aborto, a eutanásia e as leis antifamiliares".

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