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Terça-feira, 4 Setembro 2018 12:22

CUBA
Igreja Católica contra legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo



Os cubanos devem realizar um referendo sobre a igualdade no casamento para gays e lésbicas em 2019


A Igreja Católica de Cuba exortou os cidadãos do país a rejeitarem a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A igreja disse que a noção de casamento entre pessoas do mesmo sexo em Cuba se devia ao "colonialismo ideológico" imposto pelos países mais ricos.

Consequências Lamentáveis

O arcebispo de Santiago de Cuba, Dionísio Garcia, pediu aos cubanos que não "ignorem o que a natureza nos deu" por medo de "consequências lamentáveis", informa a AFP.

Mudanças legislativas

O impulso para mudar a constituição para a igualdade no casamento foi encabeçado por Mariela Castro, filha do ex-presidente cubano Raul Castro.

Após a Revolução Cubana em 1959, o então presidente Fidel Castro enviou mais de 25000 homens gays considerados impróprios para o serviço militar para campos de trabalho forçado. No entanto, em 2010, Castro admitiu a responsabilidade pelas injustiças que foram perpetradas contra a comunidade LGBT+.

Em julho desde ano, a Assembléia Nacional do país preparou o caminho para uma série de mudanças na constituição, incluindo a possibilidade de igualdade no casamento. A atual definição de casamento em Cuba é a "união voluntária entre um homem e uma mulher"; as mudanças propostas tornariam essa "união consensual de duas pessoas, independentemente do género".

Igreja é contra

Em resposta, a Conferência Episcopal publicou uma declaração on-line pedindo aos cubanos que encontrem "outras formas legais" para proteger as uniões de pessoas do mesmo sexo. "Isso não deve ser tomado como um argumento para mudar a definição de uma instituição da ordem natural, como o casamento", disse o comunicado.

Estima-se que cerca de 60% da população cubana é Católica, embora apenas entre 1% a 5% vão regularmente à missa. Entretanto cinco igrejas e denominações evangélicas em Cuba também divulgaram uma declaração afirmando que "o casamento é exclusivamente a união entre um homem e uma mulher".

O arcebispo Garcia disse que o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo se deve à globalização e ao "imperialismo cultural" de nações maiores e mais ricas, usando seu poder para "influenciar países menos desenvolvidos que precisam de ajuda económica".

A igreja pretende que o texto que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja removido da nova constituição antes que a questão seja votada no início de 2019.

O referendo sobre igualdade no casamento está previsto para 24 de fevereiro do ano que vem.

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