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Terça-feira, 2 Maio 2006 20:00

TELEVISÃO
Encontro de católicos critica "Morangos com açúcar"



Há um novo paradigma social, acolhido de forma entusiástica pelas gerações mais novas, que tem vindo a preocupar alguns católicos para muitos dos que têm entre os 4 e os 16 anos, a grande questão existencial de hoje é ser ou não ser um "Morango".


Cabelos bonitos, roupas na "descontra" e uma linguagem afiada pelas alegrias e dramas da juventude são requisitos tecidos pela série "Morangos com açúcar" para que um jovem consiga fortalecer o seu círculo de relações sociais. Mas para alguns católicos este enredo televisivo aglutina antes os contornos maléficos do ritmo social com que as vidas se desenrolam actualmente, massificando-os depois. Pais ausentes e materialismo são dois dos factores que motivam as preocupações com a série.

"Se não tivermos cuidado, caminhamos para a 'geração de Morangos com açúcar' e nós queremos evitar isso", afirmou o director do Secretariado da Pastoral Familiar da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, Francisco Maria Bonacho, no final da jornada "A família no projecto criador de Deus", no início de Abril.

Ali concluiu-se que "há que ter tempo para os vários membros da família e transmitir valores numa forma referencial e, se as famílias passam pouco tempo entre si, este deve ter qualidade", disse, em declarações à Agencia Ecclesia. Esta jornada elegeu "Morangos com açúcar" como o símbolo da consequência imediata da falta de tempo dos pais, pois as crianças "acabam encerradas nos quartos a ver televisão".

Para os guionistas da série - recentemente sobreexposta por causa da morte por acidente de viação de um dos seus actores -, "não é função específica da série educar os espectadores". Ou seja, "temos é que os entreter, é para isso que aqui estamos", pormenorizou ao JN Inês Gomes, que chefia os sete guionistas de "Morangos", acrescentando que a série tem "um público muito exigente, não deixa passar nada".

Esta criativa remeteu a maior parte das falhas apontadas à série para a ignorância dos que a criticam, já que "não há uma percepção temporal da história por parte dos adultos, que vêem a série de forma fragmentada". Inês Gomes garantiu que todas as atitudes censuráveis vistas na série acabam por ter punição, "que tanto pode ser imposta pelos pais, pelos professores ou até pela própria vida dos personagens. Mas as coisas têm o seu ritmo". E a prova é que "os miúdos dizem-nos que os 'Morangos' até têm muitas lições de moral", especificou.

Quanto à matéria-prima para os longos "Morangos" (a série já vai no seu terceiro ano), Inês Gomes afirmou que "tudo serve de inspiração imprensa, televisão, rádio, o que se ouve na rua e, claro, os adolescentes que conhecemos, que nos servem de barómetro".

E também recebem vários contributos quando abordam temas sensíveis, seja sobre doenças sexualmente transmissíveis ou diabetes "Tivemos uma psicóloga de um centro de saúde que ofereceu as instalações de trabalho para ilustrar uma cena do género". E Inês foi lembrando que "Morangos" está sinalizado com um "10AP", parâmetro definido pela TVI para recomendar o visionamento da série por crianças até aos 10 acompanhados pelos pais ou encarregados. "Mas para nós não há temas- -tabu", resumiu Inês Gomes.

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