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Quinta-feira, 1 Março 2018 09:39

EUA
Donald Trump afirma que o massacre do Pulse não teria acontecido se todos tivessem armas



Donald Trump afirmou que um massacre de 2016 num bar gay de Orlando poderia ter sido evitado se mais pessoas tivessem armas


A afirmação foi feita durante uma reunião transmitida pela televisão com legisladores na sequência do tiroteio na escola de Parkland. Durante a reunião, Trump fez uma referência os assassinatos que ocorreram na discoteca LGBT+ Pulse de Orlando, onde 50 pessoas morreram em junho de 2016.

98 por cento de todos os tiroteios em massa nos Estados Unidos, desde 1950, ocorreram em zonas sem armas, onde não havia armas numa escola ou, como exemplo, na situação do Pulse Nightclub.
Se houvesse uma pessoa naquela sala que tivesse uma arma e soubesse como usá-la, o tiroteio não teria acontecido. Certamente não na grandeza em que aconteceu, em que ele estava ali a dar tiros uns a seguir aos outros. Eles estavam indefesos. Lembrem-se disso.
 Trump

GLADD fala em "mentiras"

O problema é que o Presidente dos EUA se esqueceu do que realmente aconteceu na discoteca de Orlando, onde havia pelo menos uma pessoa armada na discoteca e com formação específica.

A GLADD explica:

Adam Gruler, um polícia de Orlando, estava armado e a trabalhar na segurança da discoteca Pulse naquela noite e entrou em ação para parar o homem armado. GLADD

Gruler trocou tiros com o atirador mas recuou para chamar ajuda quando foram feitos reféns.

Trump já tinha sugerido que as pessoas que iam para o clube para uma noite de diversão deveriam ter tido armas com eles.

A associação GLAAD foi contundente relativamente às declarações de Trump.

Donald Trump continua a espalhar mentiras sobre os tiroteios do club Pulse e a passar a mensagem da NRA [Associação de Armas] em vez de lutar por uma reforma que realmente proteja as comunidades marginalizadas que são o maior alvo da violência armada GLADD

Os debates de controlo de armas acontecem na sequência do tiroteio na escola Stoneman Douglas High School em Parkland, Flórida. 17 pessoas morreram e 14 ficaram feridas por um jovem com uma arma de assalto que ele comprou legalmente no início desta semana.

LGBTs no debate sobre armas de fogo

Cameron Kasky, aluno da escola, disse recentemente ao anfitrião da CNN, Anderson Cooper que o tempo para palavras sem sentido acabou.

Há uma parte da sociedade que simplesmente encolherá os ombros e enviará os seus pensamentos e orações, mas marchará por horas nas ruas se tiverem de preparar um bolo de casamento arco-íris Cameron Kasky

Kasky referia-se ao caso atualmente no Tribunal Supremo dos EUA de Jack Phillips, o proprietário da Masterpiece Cakeshop no Colorado, que se recusou a preparar um bolo para um casal gay.

Tudo o que ouvi foi 'Não podemos fazer nada' e 'Está fora de nossas mãos, é inevitável', acho que isto tudo é uma fachada do Partido Republicano [de Trump] Cameron Kasky

Na sequência do tiroteio, Emma González, presidente da Aliança Gay-Straight da escola, passou a ter uma visibilidade acrescida no debate. González dirigiu-se a Dana Loesch, da NRA, num debate da CNN sobre controle de armas na semana passada realizado na cidade.

Dirigindo-se a Loesch, que tem dois filhos, ela disse:

Quero que você saiba que iremos apoiar os seus dois filhos de uma forma que você não vai.
O atirador na nossa escola obteve legalmente as armas que usou. Você acredita que deve ser mais difícil obter as armas semi-automáticas e as modificações para essas armas para torná-las totalmente automáticas?
 Emma González

Loesch não respondeu diretamente a pergunta. A ARN continua a opor-se a legislação neste sentido.

EUA: Donald Trump afirma que o massacre do Pulse não teria acontecido se todos tivessem armas

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