Até agora, o VIH tem sido difícil de curar devido à sua capacidade de mutação. Eventualmente, o corpo humano é simplesmente sobrecarregado pelo número de diferentes estirpes de vírus
No entanto, o novo anticorpo, estudado numa colaboração entre os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e a empresa farmacêutica Sanofi, ataca simultaneamente três partes-chave do vírus. Isso torna mais difícil o vírus para resistir os anticorpos, de acordo com um artigo publicado na revista Science.
Os cientistas começaram pelos anticorpos naturalmente gerados pelo corpo humano e que são eficazes contra até 90% das estirpes do vírus e conseguiram combiná-los num "super-anticorpo" que é eficaz em 99% das estirpes.
A professora Linda-Gail Bekker, presidente da International Aids Society, disse à BBC
Este estudo traz um avanço emocionante. Estes anticorpos super-preparados parecem ir além do natural e podem ter mais aplicações do que imaginamos até à data.
Estamos nos primeiros passos, mas como cientista espero ver os primeiros ensaios clínicos arrancarem em 2018.
Como médica em África, sinto a urgência de confirmar estes resultados em seres humanos o mais rapidamente possível Linda-Gail Bekker, International Aids Society
Estima-se que 36,7 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com VIH no final de 2015, a maioria dos quais na África subsariana.