De acordo com a revista Cosmopolitan cerca de 28% das vítimas contemplaram o suicídio.
A directora da SafeLives, uma ONG contra a violência doméstica que registou as estatísticas, disse que isso se deve à forma “tóxica” com que estereotipamos as vítimas de abuso.
Quanto mais pudermos nos livrar do estigma em torno das identidades LGBT+ e abuso doméstico, melhor. Há aqui um confluir de circunstâncias bastante tóxico. Suzanne Jacob, SafeLives
As vítimas também podem ter a sua própria sexualidade usada como uma tática abusiva se não forem abertamente LGBT+ no trabalho, família ou amigos.
Quando se tem problemas de rejeição e isolamento por parte da família, e se tem outros problemas de identidade sexual e orientação sexual, eles poderão ser explorados por um parceiro abusivo Suzanne Jacob, SafeLives
Para ajudar as mulheres que precisam, as autoridades começaram a fazer o registo sistemático de todas as vítimas de violência doméstica que são LGBT+. Como as mulheres LGBT+ são muitas vezes esquecidas na angariação rápida de fundos e apoios que se esgotam rapidamente para ajudar vítimas de abuso domésticas, a polícia está a trabalhar directamente na área de mulheres LGBT+ para garantir que recebam a ajuda de que precisam. A polícia da zona metropolitana de Manchester foi a primeira a registar o abuso doméstico de vítimas LGBT+ usando o código D66 em março deste ano. Num ano assinalaram 775 casos de abuso.
Este código de registo dá-nos uma imagem mais clara do abuso, ajudando a derrubar barreiras e incentivar as pessoas a denunciar as situações. Mais importante ainda, isso também significa que podemos garantir que os serviços adequados estão disponíveis para apoiar as vítimas de abuso doméstico e capacitar mais pessoas a dar o primeiro passo para buscar ajuda e apoio. Beverley Hughes, Polícia de Manchester