O pastor Steven Anderson, que dirige a Faithful World Baptist Church (algo como "Igreja Batista do Mundo Fiel") e expressa abertamente as suas opiniões anti-semitas e anti-LGBTQ, tinha planeado ir a Dublin em 26 de maio para um evento religioso.
Como resposta foi criada uma petição por várias entidades LGBT+ a pedir que o pregador do Arizona fosse banido da Irlanda, que rapidamente conseguiu mais de 14.000 assinaturas. Esta semana o ministro irlandês da Justiça, Charlie Flanagan, assinou uma ordem de exclusão para Anderson, com efeito imediato, com base na Lei de Imigração de 1999. É a primeira vez que a ordem de exclusão dessa lei é aplicada. A medida é justificada "no interesse da política pública ou segurança nacional".
Um historial de ódio
Anderson tem feito declarações polémicas como elogiar o terrorista do ataque à discoteca Pulse em Orlando (dizendo que "a boa notícia é que há menos 50 pedófilos no mundo"), pediu a morte de Barack Obama, e defendeu que a cura para a SIDA é o morte por apedrejamento dos gays.
Ele já tinha sido proibido de entrar no Reino Unido em 2016, e no início do mês foi proibido de entrar no Espaço Schengen quando se soube que planeava visitar a Amsterdão em 23 de Maio e Estocolmo em 29 de Maio. A Irlanda não faz parte do acordo de livre circulação na Europa (tal como o Reino Unido) e Anderson tinha anunciado que "a conquista de almas e a pregação ainda irão acontecer" com a visita marcada para Dublin a 26 de Maio. As autoridades da Irlanda são de opinião diferente e também esse evento não irá mesmo acontecer.
A agenda do pastor tem de seguida uma visita a Orlando, Florida a 14 de Junho, poucos dias depois do 3 aniversário do Massacre de Orlando na Discoteca Pulse onde foram assassinadas 49 pessoas e 53 feridas.