Segundo a HIV Plus Mag, os estudos publicados nas revistas científicas AIDS e Clinical Infectious Diseases focaram-se nas vacinas Pfizer e Moderna, e embora com amostras muito limitadas de pessoas, concluíram que as vacinas criam uma resposta de anticorpos similares em pessoas VIH+ e VIH-. Estas duas vacinas usam a tecnologia de RNA mensageiro para preparar o sistema imunológico contra a infeção do Covid-19. Ambos os projetos são da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins em Baltimore nos EUA.
Um dos grupos de investigação explorou a evolução das respostas dos anticorpos após cada uma das duas doses da vacina. As respostas de anticorpos encontradas em pessoas que vivem com VIH foram semelhantes às respostas encontradas em pessoas sem VIH.
O outro grupo de cientistas da Johns Hopkins investigou as respostas imunológicas celulares e de anticorpos, o que é importante na prevenção de doença grave. No estudo comparativo, os pesquisadores examinaram as respostas imunológicas celulares e de anticorpos em 12 pessoas que vivem com VIH e 17 pessoas que não entre sete e 17 dias após terem tomado a segunda dose de vacinação da Pfizer. A contagem de anticorpos era essencialmente equivalente nas duas situações - incluindo anticorpos para as variantes Alfa, Beta e Gama do Covid-19. Também não houve diferença significativa na resposta imune celular. O estudo não analisou a resposta dos anticorpos à variante Delta que é a mais comum hoje em dia em Portugal, por exemplo.
Estes estudos são uma primeira abordagem a estas questões usando amostras limitadas de pessoas VIH+, os cientistas concluíram também que são necessários estudos mais aprofundados sobre as respostas à vacina em pessoas com diferentes níveis de contagem de CD4 para ter uma imagem mais real da influência deste fator na resposta do corpo às vacinas Covid-19.