O ex-chefe da Leeds United, David Haigh, afirmou ter sido violado e torturado numa prisão de Dubai depois que ter sido apresentado publicamente, contra a sua vontade, como homossexual pelas autoridades.
De acordo com o jornal Mirror, a Scotland Yard está a investigar as acusações de Haigh, que passou 22 meses numa prisão em Dubai depois que ter sido formalmente acusado de fraude relativamente à Gulf Finance House (GFH).
David Haigh, de 40 anos, alegou que foi enganado para voar para o Médio Oriente para se encontrar com funcionários da GFH para discutir um acordo. O acordo falhou, e Haigh afirma que ele preso em março de 2014. Ele permaneceu na prisão até que foi absolvido em março de 2016.
Durante o tempo atrás das grades, Haigh afirma que foi repetidamente torturado, violado e abusado, e também testemunhou a tortura de outros presos.
Ele também diz que foi apresentado publicamente como homossexual contra sua vontade pelas autoridades, alegando que tal aconteceu depois de ele ter escrito cartas para os tribunais Dubai DIFC, implorando-lhes para manterem o nome do seu parceiro e a sua sexualidade em privado.
Eu temia pela minha própria vida. O meu pedido [de privacidade] foi ignorado e essa informação foi tornada pública e, além disso, disponibilizada on-line num país onde a pena por ser gay é a morte.
O resultado da divulgação da informação, foi que fui violado e abusado sexualmente, e meu parceiro teve que fugir da nossa casa no Médio Oriente onde ele nasceu e reivindicar o estatuto de refugiado.
Eu fui categoricamente discriminado porque sou gay e porque o meu parceiro é muçulmano David Haigh
Numa publicação no Instagram da semana passada, Haigh explica que enfrentou os "momentos mais sombrios", que sobreviveu e que nunca desistirá.
![EMIRADOS ÁRABES UNIDOS: Gestor do Leeds United diz foi "violado e torturado" por ser gay EMIRADOS ÁRABES UNIDOS: Gestor do Leeds United diz foi "violado e torturado" por ser gay](/news/img/David_Haigh_1000px.jpg)