Foram apresentados este sábado os prémios da terceira edição do Queer Porto, Festival Internacional de Cinema Queer.
O prémio de público foi para a longa-metragem de John Trengove, "The Wound", que combina a homossexualidade com o mundo escondido dos rituais de iniciação masculina tradicional ainda realizados na África do Sul.
O júri constituído pela actriz Sara Carinhas, o artista visual e multimédia António MV e o produtor da RTP Pedro Bessa atribuiu o prémio de longa metragem a Elene Naveriani por "I Am Truly a Drop of Sun on Earth".
Este filme dá-nos um momento no tempo, que se fixa pelo efeito da luz e da retina sem se inscrever na História
"Feito de tempo, nos ambientes reais e com as pessoas que contam a sua realidade, interpretando-a brilhantemente sob uma direcção impressionante. Somos mergulhados no cruel mundo cujo preto e branco é ao mesmo tempo metáfora e afirmação. Rigoroso e cuidado retrato de dois mundos que se opõem ao mesmo tempo que se alimentam. Júri Queer Porto 3
Nas curtas-metragens o prémio foi para Pedro Gonçalves, com "Quando o Dia Acaba".
Quando o dia acaba continuam os afectos através do olhar doce dos filhos e destas mães. No entanto, esta curta-metragem documental quase parece ficção, por ser tão rara a existência de um objecto de cinema que retrate assim uma família.
Esta curta tem uma qualidade de realização e montagem que em 15 minutos consegue levar-nos a este mundo tranquilo e sensível, sem filtros e sem truques do cinema. Júri Queer Porto 3
Joana Alves recebeu uma menção especial pela sua curta "A Espera"
Pelo rigor com que é mostrado um assunto ainda pertinente, sensível e complexo. A Espera merece a menção especial, pela forma directa, linear, correta e muito factual com que foi construída Júri Queer Porto 3
Foto-Reportagem
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Hoje ainda temos Queer Porto 3
O festival ainda tem sessões este domingo, com o nosso destaque para os últimos títulos do programa This is Me.
Mapplethorpe: Look at the Pictures é apresentado às 22:00 e mostra um um retrato íntimo e crítico de Robert Mapplethorpe realizado por Fenton Bailey e Randy Barbato, tendo sido já nomeado para dois Emmys. Este é o primeiro retrato definitivo deste artista desde a sua morte, em 1989. Um catalisador e um iluminador, mas também um íman para o escândalo, Robert Mapplethorpe tinha somente um objetivo: alcançar o sucesso enquanto artista e celebridade do mundo da arte. No documentário Mapplethorpe fala candidamente sobre si mesmo numa série de entrevistas descobertas recentemente. Ao mesmo tempo, testemunhos de amigos, amantes, familiares, celebridades e modelos ajudam a compreender esta figura chave da fotografia do século XX.
Blackstar: Autobiography of a Close Friend
De Tom Joslin é apresentado às 17:00, esta é a prequela (de 1976) do filme de 1993 de Silverlake Life: The View From Here, de Peter Friedman e Tom Joslin. Mark & Tom em tempos mais felizes. Um documentário experimental sobre sair do armário nos primeiros anos do movimento da libertação gay.
