A estatística foi anunciada pela NBC News e revela que as pessoas LGBT+ detidas em Centros de Imigração e Alfândega dos EUA (conhecidos pela sigla "ICE") enfrentam taxas devastadoras de abuso.
Dos 467 detidos em 2017, 28 foram alvo de abuso sexual. Em comparação há 227 relatos de abuso dos restantes 323.124 detidos pode ler-se no relatório do Center for American Progress.
A situação é ainda mais dramática tendo em conta que muitas destas pessoas LGBT+ migraram para os EUA precisamente para fugirem de situações de abuso nos seus países de origem.
No relatório pode ler-se:
A política do governo Trump de deter imigrantes sem liberdade condicional ou fiança enquanto aguardam a resolução do seu caso ou deportação - combinado com a sua rejeição de políticas destinadas a proteger as populações vulneráveis do abuso na detenção - levou a índices horrivelmente altos de abuso sexual de imigrantes LGBT.
Embora as pessoas LGBT+ tenham sido 0,14% das pessoas detidas pela ICE no ano fiscal de 2017, representam 12% das vítimas de abuso sexual e agressão na detenção da ICE naquele ano.
Fazendo as contas, e supondo que cada relato de violência sexual seja fundamentado e envolva uma vítima separada, as pessoas LGBT+ sob custódia do ICE têm 97 vezes mais probabilidade de serem alvo de abuso sexual do que as pessoas não LGBT+.
Segundo a NBC News, o relatório surge depois de Kathleen Rice, da Câmara dos Representantes, ter solicitado informações sobre as práticas de detenção da Agência de Imigração e Alfândega do Departamento de Segurança Interna dos EUA (ICE).