Segundo o The Times of Israel, Litzman, de 71 anos, foi acusado de violar as diretrizes do seu próprio ministério sobre distanciamento social, a fim de continuar a participar apenas três dias depois das novas regras em cultos de oração numa sinagoga perto de sua casa. Além de ministro da Saúde de Israel, ele é também líder do partido ultra-ortodoxo do Judaísmo da Torá Unida e testemunhas disseram que ele foi visto a rezar com outro membro da sua seita três dias após a proibição de todos as celebrações religiosas coletivas dentro de portas. Ele e sua esposa testaram positivos para o COVID-19 e, como resultado contatos recentes o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e vários outros altos funcionários do governo foram forçados a se auto-isolarem por 15 dias.
No entanto o seu gabinete nega todas as acusações de que Litzman teria quebrado as regras de distanciamento social determinadas pelo ministério de que é responsável.
Info-excluído?
Com o anúncio do diagnóstico Litzman passou a ter de trabalhar de casa, como a maioria dos membros do governo, onde se deparou com outro problema: ele não tinha nem computador pessoal ou portátil, nem smartphone, nem sequer ligação à Internet na sua casa de Jerusalém! Uma linha foi instalada de urgência e colocado um novo PC à sua disposição para poder fazer video-chamadas e prosseguir com as suas tarefas de Ministro de Saúde de um país com mais de 9 milhões de habitantes e que tem já mais 9000 casos confirmados e 50 mortos sendo que a comunidade ultra-ortodoxa tem sido fortemente afetada pela pandemia.
Historial de homofobia
No mês passado, falando sobre as origens do COVID-19, o ministro da Saúde disse: "É um castigo divino contra a homossexualidade". Em 2016, Yaakov Litzman votou contra a permissão de uniões civis do mesmo sexo, adoção de casais do mesmo sexo, educação de profissionais de saúde sobre identidade e orientação sexual, proibição de terapia de conversão e a possibilidade de parceiros do mesmo sexo de soldados mortos terem os mesmos benefícios que o casais de sexo oposto. No mesmo dia, ele disse que as pessoas LGBT+ eram "pecadoras".