Desde 2002 que organizações LGBT têm vindo a pedir a inclusão de questões sobre orientação sexual no grande questionário nacional neste país com quase 18 milhões de habitantes.
Segundo o MOVIH (Movimiento Chileno de Minorias Sexuales) as diversas pessoas LGBT poderão ter atitudes diferentes a este tipo de perguntas de acordo com a sua realidade pessoal e o ambiente em que estão inseridas.
No entanto, para a MOVIH, "há uma percentagem que está disposta a falar e é importante que estas consultas existam, também para que o estado possa ter consciência desta realidade." Segundo a organização o facto de não fazer estas perguntas "só ajuda a perpetuar a discriminação e a invisibilidade", reforçando que "A discriminação não se combate com mais discriminação"
A MOVIH conclui que para que tais perguntas possam ter respostas realistas é importante garantir a privacidade das pessoas, quer em termos do nome quer em termos de identificação através de números como o caso do cartão de cidadão.
Recorde-se em que Portugal a Comissão Nacional de Protecção de Dados proibiu o Instituto Nacional de Estatística de utilizar os dados de duas perguntas do Censos 2011 que podem estar relacionadas com a orientação sexual. A CNPD justifica a decisão pelo caracter sensível dos dados. Ao contrário da resposta sobre religião as perguntas agora anuladas eram de resposta obrigatória.
Outras questões que estão a ser analizadas para o18º Censos no Chile incluem-se a utilização de redes sociais, email, internet e até utilização de energias renováveis. Os questionários estão em processo de revisão até setembro de 2011.
