Fauzi e seus cúmplices são acusados de terem atirado coquetéis molotov ao estúdio Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, na véspera de Natal de 2019, depois que a empresa ter feito a comédia "A Primeira Tentação de Cristo", que retrata um Jesus que apresenta o seu namorado Orlando à Sagrada Família. Um tribunal do Rio de Janeiro ordenou a detenção de Fauzi e ele foi colocado numa lista de procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Entretanto descobriu-se que Fauzi tinha fugido do Brasil e vivia com a mãe de seu filho em Moscovo, na Rússia.
O seu advogado Vitaly Chernykh disse ao TASS: “O pedido [de asilo político] foi aceite, levará três meses para ser avaliado. Disseram-lhe que a resposta seria dada até 23 de fevereiro." Ele também explicou que o Brasil deve enviar um pedido de extradição, mas desconhece os detalhes, mas segundo o acordo entre os dois países o prazo para tal diligência expira em 4 de dezembro.
Fauzi foi acusado de tentativa de homicídio no Brasil por seu papel no ataque, mas seu advogado insistiu que suas ações eram simplesmente “um ato de vandalismo”. Chernykh alegou que, como o prédio foi incendiado às 4 da manhã, quando havia apenas uma pessoa no prédio - um guarda de segurança -, ele não deveria ter sido acusado de tentativa de homicídio.
O filme gerou grande polémica no Brasil quando foi lançado no Netflix, com mais de dois milhões de pessoas a assinar uma petição pedindo à plataforma de streaming que removesse o filme por “ofender gravemente os cristãos”. Os criadores do filme foram chamados de “demónios” e “hereges” e, embora o filme não fosse um documentário, o motivo de uma pessoa para assinar a petição foi: “É uma ofensa grave contra Jesus Cristo e os cristãos! Não tem nenhuma evidência histórica para apoiar as insinuações apresentadas.” A Netflix não retirou o filme no Brasil, mas há ações em outros países que pretendem banir a exibição do mesmo.