Os dados foram apresentados na conferência anual Progress Educational Trust em Londres no mês passado, pelo cientista Azim Surani.
A pesquisa inovadora, que está sendo em revisão para publicação em revista científica, foi realizada pela equipa de Surani quando tentavam produzir esperma e óvulos artificiais. De acordo com Surani, o estudo decorreu muito bem e a equipa progrediu mais do que qualquer outra.
Em estudos anteriores, cientistas usaram células-tronco para criar espermatozóides de ratos, que foram utilizados para produzir crias saudáveis.
Falando para o The Guardian, Surani revelou que a sua equipa conseguiu atingir a marca da quarta semana, a meio caminho no percurso de células-tronco humanas que se transformam em esperma/óvulos imaturos. A equipa espera chegar até às oito semanas de desenvolvimento.
Mas ainda há um longo caminho a percorrer, e a equipa de Surani reafirma os cuidados extremos por parte dos cientistas para evitarem riscos e falhas genéticas que poderiam ser transmitidas às gerações futuras.
Se o processo for bem sucedido, casais inférteis poderão gerar uma criança relacionada com os dois. Também permitiria que um casal homossexual tivesse um bebé que esteja geneticamente relacionado com ambos, usando células de um para gerar um óvulo e células do outro para gerar o esperma.
E essa possibilidade poderá ser uma realidade num prazo de dez anos.