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Luís Villas-Boas, um perverso na adopção em Portugal

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25 Fevereiro 2004

Luís Villas-Boas, um perverso na adopção em Portugal

Luís Villas-Boas, depois de ser protagonista de várias noticias de mérito enquanto responsável pelo centro Abuim Ascensão, eis que se revela uma pessoa infeliz, um psicólogo confuso, dramaticamente desinformado e desumano.

Lia-se num artigo do jornal Público de 18 de Fevereiro de 2004 a sua reacção ao facto de um casal de Lésbicas em Navarra/Espanha ter adoptado duas meninas gémeas, filhas biológicas de uma delas. Nesse artigo, Villas-Boas manifesta um discurso repleto de uma ignorância sobre sexualidade inaceitável para uma pessoa supostamente "formada" na área da psicologia. Em toda a entrevista refere o bem das crianças, mas depois baralha este princípio com cegeira moral recusando-se a ver o que é óbvio e pondo a sua moral à frente da felicidade das crianças.

Luís Villas-Boas na sua ignorância académica aponta a Holanda como um país de "perversões", onde é possível e comum um casal de duas pessoas do mesmo sexo adoptar uma criança, para a "infelicidade" desta. Parece contudo desconhecer que não é só na Holanda (com Casamento Civil entre pessoas do mesmo sexo desde Abril 2001, incluindo adopção plena) mas, também em pelo menos 21 estados dos E.U.A. (com crianças adoptadas por dois pais desde Outubro 1997), Canadá (Maio 1999), Suécia (Fevereiro 2003), Dinamarca (Maio 1999), Islândia (Junho 1996) e Navarra (Espanha, Fevereiro 2004) estando a adopção por pessoas do mesmo sexo nos últimos passos de aprovação no Reino Unido, África do Sul, Catalunha (Espanha), Noroega e Bélgica. Mas a des-ciência de Villas-Boas está mais além, desconhecendo os vários estudos já realizados um pouco por todo o mundo, reconhecendo os casais homossexuais (quer dois homens, quer duas mulheres) como educadores capazes, e concluindo que essa formação em nada influenciou a orientação sexual e/ou desenvolvimento sexual dos filhos. Um dos estudos mais recentes sobre o assunto teve diversas referências nos média nacionais em 17 de Junho de 2001, só não viu quem não quis estar informado. Villas-Boas afirma também que as mulheres lésbicas "não são mulheres na sua plenitude natural" pois não podem (pensa, erradamente Villas-Boas) ser mães. Villas-Boas erra duas vezes: em primeiro lugar obviamente que muitas mulheres lésbicas são mães, em segundo lugar como pode Villas-Boas como responsável político que é usar um discurso tão discriminatório que reduz a mulher a uma máquina parideira?

Assim e perante um discurso todo ele homofóbico, ofensivo, e perigosamente ignorante, o PortugalGay.PT não vê no senhor Villas-Boas qualquer credibilidade para ser presidente ou ter qualquer outro cargo na Comissão de Acompanhamento da Lei de Adopção Portuguesa. A sua continuidade nesta comissão é mais que um insulto, uma vergonha para Portugal, sendo os governantes cúmplices por omissão pelas atitudes e palavras cruéis de Villas-Boas.

Aquilo que uma criança precisa é de AMOR, CARINHO e DEDICAÇÃO, não de um homem e uma mulher a representarem papeis.

João Paulo
Editor PortugalGay.PT

Ver também:
Recortes de imprensa sobre este assunto (incluindo artigo com as declarações originais de Villas-Boas)

 
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