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Domingo, 31 Janeiro 2010 07:35

PERÚ
Espiral de assassinatos



Sem razão aparente, uma jovem transexual de 26 anos de idade foi encontrada morta dentro de um edifício do distrito de Independência.


A vítima foi identificada como o L. F. Vásquez Roc ou N. Vásquez Roque, de 26 anos, e foi encontrada amarrada de pés e mãos, e com espuma na boca.

Os golpes na cara e em outras partes do corpo demonstraram que foi torturada antes de ser estrangulada pelos seus assassinos. A casa encontrava-se remexida o que fez supôr a polícia que os criminosos a assassinaram para roubar.

O corpo foi encontrado num quarto do terceiro andar do número 399 da rua Los Palcos na urbanização de Independência. As autoridades estão convencidas que os assassinos seriam acompanhantes ocasionais, visto supostamente a vítima dedicar-se ao trabalho sexual, razão porque iniciaram uma investigação para darem com o paradeiro dos autores do crime.

Também foi assassinada em Lima, Ingrid, jovem transexual, trabalhadora sexual e activista da associação trans Luchando Unidas por el Futuro.

Encontrava-se internada na urgência do Hospital Arzobispo Loayza desde a manhã de segunda-feira dia 18, por ter sido vítima de agressão pelo homem com quem vivia.

Ingrid foi agredida descontroladamente pelo seu companheiro, que se suspeita que a maltratava e explorava, durante uma discussão que terminou quando o homem a atirou pela janela do segundo andar onde se encontravam. Ingrid foi diagnosticada com traumatismo encefalocraneano no hospital para onde foi encaminhada, tendo falecido dois dias mais tarde, sem ter recuperado a consciência.

A notícia foi enviada por correio electrónico pelo Instituto Runa, que explica que “Ingrid é mais uma vítima da violência de género que viveu como mulher transexual. Desde que, dentro dos papéis femininos que adoptou durante toda a sua vida, teve naquela relação com o seu parceiro, uma situação azarada que a levou numa viagem sem retorno que extinguiu a sua vida, ao envolver-se numa situação de violência que, no seu caso como em muitos outros, terminou no feminicídio“.

As amigas e companheiras trans de Ingrid estão a fazer diligências para que se denuncie este crime execrável de modo que não fique impune, tratando também do necessário para o seu velório e para devolver o seu corpo à terra de Pucallpa que a viu nascer.

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